<i>Jurassic World: Reino Ameaçado</i> - Reprodução

Em Jurassic World: Reino Ameaçado, cinessérie perde o aspecto de aventura e mergulha mais no terror

Filme baseado na franquia criada por Steven Spielberg é o mais aterrador de todos

Paulo Cavalcanti Publicado em 21/06/2018, às 08h02

A franquia Jurassic Park comemora seus 25 anos com a chegada aos cinemas de Jurassic Wold: Reino Ameaçado, o segundo filme da retomada da cinessérie, iniciada em 2015 com Jurassic World: o Mundo dos Dinossauros. Steven Spielberg, que dirigiu Jurassic Park: Parque dos Dinossauros (1993), onde tudo começou, a partir do livro de sucesso do escritor Michael Crichton, segue assinando a produção executiva.

Em Jurassic World: o Mundo dos Dinossauros, o parque temático idealizado originalmente por John Hammond (o falecido Richard Attenborough) é destruído de forma espetacular, tirando vidas e causando um prejuízo enorme. Agora, a Ilha Nublar, na Costa Rica, onde fica o parque, está abandonada e os bichos vivem à solta. Mas não por muito tempo: uma explosão vulcânica que está prestes a acontecer vai se encarregar de eliminar a vida do local. Nos Estados Unidos, os membros do congresso não estão dispostos a gastar uma fortuna para salvar os dinossauros e o matemático Ian Malcolm (Jeff Goldblum) concorda com os políticos, dizendo que os animais foram gerados de forma “não natural” e, portanto, seria melhor que fossem despachados de uma vez por todas do planeta.

Claire Dearing (Bryce Dallas Howard), a workaholic e pouco sensível ex-gerente do amaldiçoado Jurassic World, agora mudou totalmente de conduta e comanda uma ONG dedicada a preservar os dinossauros. Até que recebe uma proposta de Eli Mills (Rafe Spall), emissário do milionário Sir Benjamin Lockwood (James Cromwell). Mills diz que o patrão está preocupado com o destino das criaturas pré-históricas e, portanto, pretende gastar parte de sua fortuna para levá-los a um santuário na Califórnia. O burocrata organiza uma fabulosa missão de resgate repleta de mercenários para clandestinamente invadir a Ilha Nublar. Claire concorda em se juntar a eles, mas precisa da ajuda de Owen Grady (Chris Platt), o ex-namorado e treinador da inteligente velociraptor chamada Blue. A turma segue para a ilha com a intenção de levar os bichos ao continente, mas, claro, não será tão simples assim e os resultados poderão ser catastróficos e letais.

O diretor Colin T. Trevorrow, que se encarregou de Jurassic World: o Mundo dos Dinossauros, desta vez ficou com o cargo de produtor e supervisor geral. Ele passou o comando para o espanhol J.A. Bayona, que trouxe um novo e necessário olhar para a franquia, já que a esta altura os dinossauros em si já não são exatamente uma surpresa. Este não é filme de aventura ou de ação, na verdade, é um horror gótico. Boa parte da ação se passa no porão de uma mansão para onde os animais são enviados (a grande atração desta vez é mais um dinossauro híbrido chamado Indoraptor.). É tudo muito escuro, claustrofóbico e com uma atmosfera aterradora, e trata-se do filme da franquia menos indicado para o público infantil.

Naturalmente, a franquia já tem uma quantidade suficiente de fãs para garantir uma boa bilheteria. No Brasil, onde estreia nesta quinta, 21, deverá repetir o êxito que teve nos Estados Unidos.

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