"É o disco solo mais emocionante que fiz em um longo, longo tempo", diz Elton John
David Browne Publicado em 15/03/2012, às 16h35 - Atualizado às 17h10
Nos últimos anos, Elton John voltou a suas raízes musicais - o músico reviveu personagens de álbuns anteriores (The Captain and the Kid), recriou o ambiente de seu terceiro álbum, Tumbleweed Connection, em Peachtree Road (2004) e produziu um novo disco com seu parceiro de longa data, Leon Russel (The Union).
Com seu novo álbum concluído recentemente, Elton John revisita outros elementos de seu passado, como o formato “piano-baixo-bateria”, presente em suas primeiras gravações ao vivo. O resultado, diz o músico, “é o disco solo mais emocionante que fiz em um longo, longo tempo."
The Diving Board foi escrito e gravado em questão de semanas, em Los Angeles. O álbum foi produzido por T-Bone Burnett. "Foi ideia de T-Bone voltar com piano, baixo e bateria", diz John. "Ele disse: vamos começar com isso." The Diving Board tem participações de Raphael Saadiq no baixo e Jay Bellerose (que tocou em The Union e tem trabalhado com John Mellencamp, Ray LaMontagne, Robert Plant e Alison Krauss) na bateria. Em duas faixas, o trio é acompanhado pelo guitarrista Doyle Bramhall.
Apesar de John estar comprometido em gravar um novo disco, ele admitiu que, inicialmente, não estava empolgado com a ideia, sem se importar com qual fosse o estilo."Eu deveria voltar para o estúdio, mas não sabia se queria voltar tão rapidamente", diz ele. Mesmo após seu parceiro Bernie Taupin ter lhe entregado diversas letras, o cantor e pianista ainda não tinha certeza. "Eu estava de férias e nem sequer olhei para as músicas. Mas disse: irei para o estúdio e, se não der certo, não importa."
O próprio John escolheu seus músicos de apoio, especialmente Saadiq, que tocou com ele em um concerto beneficente da AIDS Foundation, em Los Angeles, no ano de 2009. "Queria tocar com Raphael", afirma. "Ele é um grande baixista e toca todos os tipos de música. Amo seus álbuns."
Para a surpresa de Elton John, a criatividade dele entrou em hipervelocidade e ele acabou escrevendo doze canções em dois dias, escolhendo dez para a lista final. As gravações duraram quatro dias. "As coisas foram simplesmente saindo. Foi o disco mais rápido que eu já fiz. Fiquei tão empolgado como em The Union e, como disse naquele álbum, precisava voltar ao passado para seguir em frente. E foi assim com esse disco."
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