Longa sobre complô para assassinar Kim Jong-un foi lançado no dia 24 de dezembro nas plataformas digitais
Redação Publicado em 02/01/2015, às 13h40 - Atualizado às 13h40
Lançado há nove dias nas lojas de filmes digitais dos serviços de streaming online Google Play e YouTube Movies, o polêmico A Entrevista se tornou o filme mais visto de 2014 nas duas plataformas. Segundo informações do site The Hollywood Reporter, a produção - que chegou ao público na quarta-feira, 24 de dezembro, faturou 15 milhões de dólares apenas nos dois serviços.
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O filme ganhou notoriedade após a Sony decidir cancelar a estreia nos cinemas de A Entrevista – produção sobre jornalistas que recebem a missão de assassinar o ditador norte-coreano Kim Jong-un - por causa de ameaças terroristas. Posteriormente, após diversas celebridades e o presidente Barack Obama criticarem a posição da empresa de ceder à pressão, a Sony voltou atrás.
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O longa estava previsto para entrar em cartaz em 3 000 salas nos Estados Unidos no feriado do Natal, mas acabou rejeitado pelas grandes redes exibidoras do país por causa de ameaças terroristas. Em bilheteria, a comédia fez até agora apenas 3,1 milhões de dólares no país. Antes das ameaças, a expectativa da Sony era somar 20 milhões de dólares em bilheteria no primeiro fim de semana em cartaz.
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No momento, a Netflix negocia a exibição em streaming do filme, porém nenhum acordo foi fechado ainda. A Entrevista é o filme virtual mais bem-sucedido da história da Sony.
Entenda o caso
O NY Times informou que o ataque hacker, que levou ao vazamento de filmes inéditos e informações das contas de e-mail de executivos, foi patrocinado. Ele foi, também, o ataque mais destrutivo já visto em solo norte-americano.
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Pesquisadores forenses da Sony estão investigando se os ataques tiveram ou não ajuda interna. “É claro que eles já tinham acesso à rede da Sony antes do ataque”, disse à publicação Jaime Blasco, um pesquisador de segurança da AlienVault.
Também já havia sido divulgado que os hackers tinham deixado pistas. Eles utilizaram programas comercialmente disponíveis para tirar dados da rede da Sony e usaram técnicas que se assemelham às de ataques anteriores, na Arábia Saudita e na Coreia do Sul.
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Uma fonte identificada como oficial de inteligência dos Estados Unidos disse ao NY Times: “Isto foi de uma sofisticação que, se tivesse acontecido anos atrás, diríamos que estaria abaixo da capacidade da Coreia do Norte”.
Intervenção da ONU
Em julho deste ano, a Coreia do Norte fez uma reclamação formal à Organização das Nações Unidas (ONU) a respeito do filme. “Permitir a produção e distribuição de um filme sobre um chefe de Estado soberano deve ser considerado como um incentivo ao terrorismo, bem como um ato de guerra”, afirma o texto assinado pelo embaixador da Coreia do Norte na ONU, Ja Song Nam.
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“As autoridades dos Estados Unidos deveriam tomar ações imediatas e apropriadas para banir a produção e distribuição do filme, caso contrário serão totalmente responsáveis por encorajar e patrocinar o terrorismo”, acrescenta.
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