- Kurt Cobain (Foto: AP Images)

Empresário do Nirvana rezou para que morte de Kurt Cobain fosse assassinato, e não suicídio

Ele queria a todo custo o dinheiro do seguro - e isso não cobriria suicídio

Redação Publicado em 13/11/2019, às 16h11

Simon Parkers era um empresário musical em 1994. Ele morava na Inglaterra, e quis chamar o Nirvana para apresentar quatro shows na Brixton Academy aquele ano. Além disso, inventou um festival, In Bloom, no qual a banda seria headliner.

Mas Kurt Cobain, vocalista do Nirvana, acabou morrendo antes do evento. O que deixou os fãs abalados - e Parker muito preocupado com o dinheiro que perderia, como contou no livro Live at the Brixton Academy: A Riotous Life in the Music Business, 2014. Chegou ao ponto de desejar que o cantor tivesse sido assassinado pela esposa.

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"Lá estava, história de capa em cada canal: 'Kurt Cobain, vocalista do Nirvana, foi achado morto em sua casa com uma bala na cabeça'," relembrou o empresário. "Eu já tinha comprometido o dinheiro da bilheteria. Se tivéssemos que ressarcir cada ingresso, seria mais de £250 mil.”

Parkers seguia cada notícia sobre o caso. Não queria que fosse suicídio - pois, se fosse verdade, o seguro do evento não cobriria. Só se fosse assassinato. Por isso, torcia para que a teoria de então - de que Courtney Love, esposa de Cobain, havia puxado o gatilho. Até rezava para que fosse verdade. "Mesmo eu me vi um tanto quanto chocado quando comecei a rezar: 'Meu querido Deus, por favor diga que Courtney o matou.'”

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Plano inusitado

No final das contas, Parkers não conseguiria o dinheiro do seguro - a morte de Kurt Cobain foi um suicídio. Para não fechar o mês no vermelho, o empresário bolou um plano mentiroso - de que as pessoas estavam doidas para comprar dele os ingressos desse show - que acabou virando verdade. 

"Eu me peguei dizendo [em entrevista para Radio 1]: 'Bem, isso é absolutamente extraordinário. Nós tivemos fãs de todo o mundo tentando comprar ingressos para esse show. As pessoas estão oferecendo mais de £100 por um ingresso do Nirvana como um pedaço da história.' Nós estávamos inventando um mercado. Se há uma coisa que a indústria da música lhe ensina, é como achar as oportunidades."

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Poucas pessoas pediram o dinheiro do ingresso de volta. Ainda bem para o empresário. "Nós ficávamos felizes de ressarcir os £13,50 pelos ingressos, e logo depois os vendíamos por £100. Não somente nós não ficamos com o prejuízo com a morte de Kurt, mas acabamos bizarramente recebendo um lucro desses quatros shows que nunca aconteceram."

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