Autointitulado, álbum foi produzido por Domenico Lancellotti
Thiago Neves Publicado em 20/03/2015, às 16h06 - Atualizado às 16h51
Caso Zabelê não gostasse de música, a vida dela seria difícil. Filha do casal Baby do Brasil e Pepeu Gomes, a cantora foi criada em um ambiente inundado por sons. “Quando eu era criança, era complicado me mandar pra escola. Meu pai tinha um anexo onde funcionava um estúdio, então, quando eu acordava, queria ir logo ver o que ele estava fazendo, e minha vontade era ficar lá o dia todo”, conta em entrevista exclusiva ao site da revista Rolling Stone Brasil.
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Desde muito cedo, Zabelê se arrisca em performances. Fosse nos dias em que passava vendo os ensaios do pai ou aparecendo em videoclipes, como o memorável “Barrados na Disneylândia”. A consciência da possibilidade de uma carreira musical, entretanto, surgiu apenas quando a cantora se mudou para Nova York. Lá, um grupo de amigos que tocavam em uma casa de shows no Village, insistiu para que ela participasse da banda. Tiro e queda. Ao voltar dos Estados Unidos, a artista aceitou o convite para, ao lado das irmãs Sarah Sheeva e Nãna Shara, gravar alguns vocais do disco Um, de Baby.
A partir daí, Zabelê partiria em uma importante experiência na carreira dela: o grupo SNZ. “Durante os ensaios para a turnê com a minha mãe, ficou muito claro que eu e minha irmãs tínhamos uma química vocal muito interessante. Com isso decidimos elaborar um projeto nosso”. Com o grupo, foram 10 anos de carreira e quatro discos lançados.
Cerca de quatro anos após o fim do SNZ, Zabelê decidiu retomar a carreira dela sozinha, ou melhor, sem nenhum familiar. A cantora demonstrou enorme entusiasmo com o primeiro trabalho solo - homônimo - que, apesar de não ter a participação de nenhum relativo, está repleto de colaborações de amigos e vizinhos. “Conheço essa turma há muitos anos. Eu, [Veloso], Domenico [Lancelloyti] e Pedro Sá estudamos na mesma escola. Éramos uma trupe enorme”.
A boa relação de Zabelê com os músicos fica clara no álbum. Repleto de referências, o disco soa como um grande apanhado de tudo que a artista teve contado ao longo da vida. “Queria fazer algo que identificasse quem sou eu. Qual é a minha voz. E que também relatasse tudo que já vivi.”
“O disco foi gravado da forma mais artesanal possível. O estúdio tinha um clima de casa, foi tudo feito em fita, com todos os músicos em uma mesma sala”, conta. O ambiente de descontração era tamanho que “Céu”, segunda faixa do disco, surgiu a partir de uma jam session com Pedro Sá e Domenico. “Eles são muito criativos, o processo fluiu com muita naturalidade. Isso me fez ficar tranquila para me soltar nas músicas e fazer parte delas.”
O primeiro álbum solo de Zabelê não só convence, como coloca a cantora em um caminho criativo rico, rodeada de músico de peso no cenário da música popular atual, e ela entende isso. “Claro que agora minha cabeça está na montagem do show, na elaboração da turnê, mas não posso mentir, você sabe como é a cabeça de artista. Não para”, afirma. “Sou uma artista solo, mas penso todos os dias em fazer colaboração com mais amigos, com minhas irmãs e com meus país. Adoro conversar, mas prometi que não vou falar uma vírgula sobre o que vem a seguir. De qualquer maneira, acho bom todo mundo ficar de olho”.
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