Produtor promissor da nova geração, Steven Ellison é sobrinho-neto de John Coltrane
Simon Vozick-Levinson Publicado em 07/02/2015, às 14h12
Às 18h, Steven Ellison, mais conhecido como Flying Lotus – o DJ e produtor que se estabeleceu como um visionário aglutinador de sons como Erykah Badu e Thom Yorke (Radiohead) –, volta para o ônibus de turnê e vai direto para o quarto ficar sozinho.
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Ellison relaciona sua natureza reclusa à infância em San Fernando Valley, em Los Angeles, onde ele foi criado pela mãe, que sonhava em ser atriz, e pela avó, uma antiga compositora da Motown (ela escreveu “Love Hangover”, de Diana Ross). Uma constante na casa era a música. A tia-avó de Ellison, Alice Coltrane, viúva de John Coltrane era uma jazzista brilhante, foi uma presença importantíssima no começo da vida do artista, que tem boas lembranças de ver Carlos Santana e Branford Marsalis tocando nos festivais que a família dele ajudou a organizar. Ainda assim, Ellison se sentia sufocado. “Não existe arte no Valley, nada de criativo acontece”, diz. “As pessoas ficam encalhadas lá a vida toda. Cresci achando que eu nunca seria nada.”
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Um garoto que não se encaixava na escola, Ellison começou a andar com uma turma mais barra pesada. Logo passou a vender maconha e ácido. Aos 16 anos, foi pego por dizer a um policial onde podia arrumar erva. “Não tinha nada comigo, mas parece que falar isso é crime”, lembra, amargo. “Fui expulso da escola e me mandaram para uma porra de Narcóticos Anônimos.”
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O programa não foi nada do que ele esperava. “Era igual a O Clube dos Cinco, só que para ‘garotos maus’. Senti que finalmente tinha encontrado minha turma. Fiz um curso-relâmpago de diversidade.” Quando se formou no ensino médio, alguns anos depois, Ellison tinha aprendido a canalizar o sentimento de alienação na criatividade e na música.
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No fim de 2012, iniciou seu projeto mais ambicioso: um álbum conceitual a respeito da mortalidade. You’re Dead! conta com rappers de primeira linha, como Kendrick Lamar e Snoop Dogg. “Queria fazer algo que passasse a sensação do momento da morte e do que quer que seja que acontece depois dela”, diz. “Ironicamente, foi quando eu mais me diverti fazendo música.”
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