Nina Becker em show da OI na última quinta, 24 - Artur Tavares/(Still)

Erramos: Marchinhas e rock 'n roll

Rodrigo Amarante não esteve com a Orquestra Imperial na última quinta-feira, 24, em show em SP, conforme publicado na última sexta-feira

Da redação Publicado em 28/01/2008, às 14h12 - Atualizado às 15h24

Diferentemente do que foi publicado na matéria Marchinhas e Rock 'n Roll, o vocalista Rodrigo Amarante não acompanhou a Orquestra Imperial no show da big band em SP, na última quinta-feira, 24. Quem apareceu de camisola e avental no palco foi o trompetista Max Sette.

No texto também foi mencionada a comemoração do aniversário de Amarante. Quem aniversariou na noite foi exatamente Max Sette.

Abaixo, link para o vídeo da festa pré-carnavalesca e o texto com as informações corretas.

Marchinhas e rock 'n roll

Marcado para as 22h, o show da Orquestra Imperial nesta quinta, 24, foi começar pelo menos 40 minutos mais tarde. Se, de primeira, o público da casa não era animador, foi de repente que o salão se encheu de fantasiados: pierrôs, havaianas, caipiras e até uma Cleópatra se amontoaram no salão para a entrada da big band, que também estava a caráter.

Enfeitado pelas vocalistas Thalma de Freitas e Nina Becker, o grupo de 19 (nesta noite, sem Rodrigo Amarante e Moreno Veloso) promoveu um pré-Carnaval com direito a marchinhas clássicas, como "Cachaça" (Se você pensa que cachaça é água / cachaça não é água não) e "Marcha do Remador" (Se a canoa não virar / olê olê olá / eu chego lá) e até versões de "Iron Man", do Black Sabbath, "Stairway to Heaven", do Led Zeppelin (!), e "Sultans of Swing", do Dire Straits.

Thalma de Freitas chacoalhou seu vestido branco de camadas, enquanto Nina Becker exibiu um penacho azul combinado com seu macacão de lantejoulas. O trompetista Max Sette apareceu de camisola curta e um avental que escondia um pinto de borracha. A cozinha - Kassin no baixo e Nelson Jacobina na guitarra - veio com o rosto pintado, como integrantes do Kiss. Entre os outros músicos, algumas faces maquiadas; o veterano Wilson das Neves vestia terno.

As vocalistas levaram as três primeiras músicas com suas vozes potentes e distintas, além da presença festiva no palco - o público acompanhou. Enquanto Becker deu um tom glamuroso a sua voz, Thalma de Freitas apostou na potência enquanto corria pelo palco e sambava com desenvoltura. Os metais bem sincronizados e potentes deram um gostinho a mais ao samba levado pelos outros instrumentistas.

A big band, formada ainda por Bartolo, Berna, Bidu, Bodão, Domenico, Felipe Pinaud, Leo Monteiro, Mauro Zacharias, Pedro Sá, Rubinho Jacobina e Stephane San Juan (leia sobre todo mundo mais abaixo), variou entre músicas de seu primeiro disco, Carnaval Só no Ano que Vem, e outros sambas. Quando Wilson das Neves saiu da bateria para assumir o microfone, cantou um samba enredo de sua escola de coração, a carioca Império Serrano (da qual já foi compositor). O grupo, como esperado, tocou "Ereção", oferecendo-a em gesto uníssono ao guitarrista Pedro Sá, que mais tarde cantou um samba defendendo que a virilidade masculina não está ligada ao tamanho do pênis, mas a seu desempenho.

O sexo é muito presente nas letras da Orquestra, sempre tratado com bom humor. A referência extrapola as letras, aparecendo na performance da banda e na decoração de palco. Além do consolo de borracha exibido por Sette, uma grande e fálica clava verde-limão foi empunhada por Thalma de Freitas, e uma boneca inflável foi minuciosamente analisada por Nina Becker durante uma canção.

Mautner e Marlboro

Após tocar a abertura do programa do Chacrinha, que saudosamente avisava à Teresinha que "Abelardo Barbosa é o rei da discoteca", a Orquestra mandou o tema do Programa Silvio Santos, mas ao invés de chamar o Patrão ao palco, convidou o violinista e cantor Jorge Mautner a se juntar ao carnaval. Animadíssimo, o público não parava de jogar serpentinas e confetes no palco. Mautner começou sua participação com "Maracatu Atômico", dos tempos de Chico Science na Nação Zumbi, e pilotou outras duas canções.

Na pausa de cerca de meia hora da big band, o popular DJ Marlboro assumiu o palco acompanhado de dançarinas bronzeadas, vestidas com pouca roupa. A platéia entrou na brincadeira enquanto o DJ passeou por tendências do funk carioca. Durante a Dança Créu, sucesso no YouTube, a platéia mostrou que conhecia o hit. O sucesso foi tanto que Marlboro chamou duas garotas e dois garotos ao palco - Batman e Branca de Neve disputaram o posto de melhor dançarino; a moça tinha mais fãs, mas o herói levou a melhor.

Na volta da Orquestra Imperial, a pista já estava mais vazia. Foi o momento das marchinhas antigas e do revezamento nos vocais. O fim foi marcado, ainda, por um bolo com velas acesas levado a Max Sette por Nina Becker. Enquanto a banda tocava "Parabéns a Você", o trompetista apagou cada uma das velinhas com suas companheiras de vocal.

orquestra-imperial

Leia também

Morre Andy Paley, compositor da trilha sonora de Bob Esponja, aos 72 anos


Viola Davis receberá o prêmio Cecil B. DeMille do Globo de Ouro


Jeff Goldblum toca música de Wicked no piano em estação de trem de Londres


Jaqueta de couro usada por Olivia Newton-John em Grease será leiloada


Anne Hathaway estrelará adaptação cinematográfica de Verity de Colleen Hoover


Selena Gomez fala sobre esconder sua identidade antes das audições