Ambos os artistas são atrações do Festival Sarará, que acontece em Belo Horizonte (MG) no dia 31 de agosto
Redação Publicado em 18/08/2019, às 10h00
“Estamos em um restaurante chique, sentados em uma mesa redonda,” imagina Pedro Calais, do Lagum, em conversa com a IZA para a Rolling Stone Brasil. “O garçom acaba de recolher os pratos da maravilhosa lagosta que comemos e traz uma garrafa de champanhe francês. Eu me ajoelho com um porta-anel na mão, você pega, abre e dentro tem um papel escrito ‘Quer fazer um feat. com a gente?”
“Nossa, achei que você nunca fosse pedir!” alegra-se a cantora em resposta.
Apesar disso, um feat entre os dois artistas ainda não está confirmado. Mas um show conjunto já foi marcado: Lagum convida IZA a tocar no Festival Sarará; sobem juntos ao palco no dia 31 de agosto, apresentando-se depois de Djonga e Mano Brown e integrando um line-up de peso da música brasileira atual.
Lagum, grupo formado por Calais nos vocais, Otávio Cardoso e Jorge nas guitarras, Francisco Jardim no baixo e Tio Wilson na bateria, apresenta no palco a turnê Coisas da Geração, batizada com o nome do disco lançado pela banda em junho deste ano. Foi o segundo disco da carreira da banda mineira e seguiu o cativante Seja O Que Eu Quiser (2016). Mas, desta vez, fizeram tudo com mais calma, e apresentam um show mais planejado e bem pensado de uma banda com um pouco mais de experiência.
Já IZA leva ao palco do Sarará o Dona de Mim, disco de 2018 que rendeu à estrela carioca uma indicação ao Grammy Latino. Prometeu um show “bem enxuto” e dedicado puramente à música, a sua maior paixão.
Lagum convida IZA é um dos shows do Festival Sarará, que acontece em Belo Horizonte (MG) a partir do 12h do sábado, 31 de agosto, na Esplanada do Mineirão. Além do show duplo, o line-up destaca outros grandes nomes clássicos e contemporâneos da música brasileira: Gilberto Gil, Duda Beat convida Pabllo Vittar, Baco Exu do Blues, Djonga convida Mano Brown, BaianaSystem, Silva e Letrux convida Marina Lima, Alta Fidelidade, Noite Maravilhosa, Lá da Favelinha e 1010.
Os ingressos variam entre R$ 50 (meia-entrada da pista) e R$ 240 (open-bar), e podem ser comprados pela internet ou nas Lojas Chilli Beans (BH Shopping, Pátio Savassi, Diamond Mall).
Preparando-se para tocar juntos no festival, os artistas conversaram um pouco para se conhecerem melhor. Falaram de música, shows, carreira e começos. Lagum entrevistou IZA, e IZA entrevistou Lagum. Veja:
I.: Como surgiu a ideia de montar a banda? Vocês já eram amigos?
L.: A formação inicial da banda era um grupo de amigos e tudo começou quando eu, Pedro, postei um vídeo no Facebook cantando uma composição minha e o promoter de uma boate de BH fez um convite pra tocar lá. Aí, eu reuni meus amigos que tocavam e a gente fez o primeiro show. A partir daí, nunca mais paramos.
I.: "Deixa" [música de Seja O Que Eu Quiser (2016)] deu uma projeção nacional a vocês, agora lançaram o álbum "Coisas da Geração", o que mudou nas composições, nos shows, entre essa duas coisas?
L.: Depois de "Deixa", as coisas aconteceram muito rápido e decidimos que era o momento de parar para fazer alguma coisa maior, amarrar um conceito e botar pra fora a nossa nova realidade. Com a tour “Coisas da Geração”, pela primeira vez na vida, a gente teve tempo de parar e produzir o nosso show, porque até então a gente estava trocando pneu com o carro andando. Sinto que evoluímos bastante em todos os processos da banda. Ganhamos muita experiência na estrada e no contato com as pessoas que a gente foi conhecendo, o que abriu mais possibilidades pra gente em todos os sentidos – tanto na produção do show quanto nas composições.
I.: Eu li que o nome Lagum veio de uma lagoa em Brumadinho. Vocês frequentavam muito a região? Depois do acidente, voltaram lá?
L.: Eu e o Chicão ainda moramos na região de Brumadinho, mas em um local que fica bastante afastado do ocorrido. A banda começou e permanece lá, porque o nosso estúdio de criação é lá. Sentimos muito pelas perdas das famílias e da natureza após o crime ambiental, e a gente queria aproveitar pra convidar você e os leitores aqui pra conhecerem Brumadinho. Tá rolando a campanha “Abrace Brumadinho” para fortalecer o turismo e reaquecer a economia na região. As pousadas, os restaurantes, os museus e os passeios continuam sendo os pontos fortes de lá. Quando for passar por lá, dá uma ligada pra gente!
L.: A primeira vez que ouvimos falar seu nome foi com a música “Pesadão”, e acreditamos que grande parte do Brasil também. Assim como você, nossa carreira também deu um salto a partir de uma música (“Deixa”) e fomos levados de um patamar a outro muito rápido. Quais foram suas estratégias para continuar no mercado, visto que muitos artistas se perdem perante a essa situação?
I.: A minha estratégia na verdade foi a única que sempre funciona, que é se manter fiel à música. Acho até meio pretensioso falar isso, mas o que quero dizer é que você precisa se manter fiel a quem você é, não faz sentido lançar uma música só pensando no mercado, no que está fazendo sucesso. Pode ser que funcione por um tempo, mas sempre é passageiro, quando faz focado nisso. Então quando faz com o coração, com a verdade, é mais fácil se conectar com as pessoas.
L.: A gente já assistiu um show seu, foi em um camarote da Sapucaí no carnaval. Achamos muito muito maneiro!! Você tem formatos diferentes pra shows menores ou maiores como em festivais? E aproveitando... tamo animado pra caraaamba pra tocar com você no Sarará.
I.: Olha, na verdade meu formato de show geralmente é esse mesmo. Dj, guitarra, teclado, que de vez em quando vira saxofone ou trompete, e 3 backing vocals. Esse é o formato do meu show mesmo, bem enxuto. A gente tem as nossas bases tocando, e o meu dj faz várias coisas ali ao vivo. Então para mim o formato funciona muito, e eu estou muito animada, e acho que a gente vai se divertir muito! Estou animada para cantar com vocês, sou muito fã!
L.: Você é uma artista polivalente super competente! Entre cantar, dançar, compor e ser uma apresentadora, qual você mais gosta, pra qual você dedica mais tempo e qual é mais desafiante?
I.: Eu acho que eu gosto mais de cantar, dedico mais meu tempo pra isso, e acho que é mais desafiador ser apresentadora, algo que estava fora de tudo que eu imaginava fazer. Eu estou achando superdivertido, amando, mas me sinto muito uma cantora que está experimentando isso.
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