Humorístico, que também conta com atuação de Taís Araújo, foi escrito por Jorge Furtado e substituirá Tapas & Beijos
Luciana Rabassallo Publicado em 22/09/2015, às 16h12 - Atualizado às 16h45
Lázaro Ramos tem dividido o tempo como ator entre a música e a luta contra o preconceito. O astro da dramaturgia nacional acaba de finalizar as gravações de Mister Brau, série que chega à Globo nesta terça-feira, 22. A produção narra as aventuras do cantor Brau, interpretado por Ramos, e da esposa dele, uma empresária casca-grossa que cuida dos negócios da família. Taís Araújo, mulher do artista na vida real, assume o mesmo papel na ficção. “A estética remete ao casal pop Beyoncé e Jay Z”, diz ele. Também ao lado de Taís, o ator se prepara para estrear a peça O Topo da Montanha. A obra dramática narra o último dia de vida de Martin Luther King, pastor e articulador político que, na década de 1960, durante a luta pelos direitos civis da população negra nos Estados Unidos, pregava o pacifismo e o amor ao próximo.
Criolo completa 40 anos e segue arrebatando públicos além do rap.
Nos últimos anos, as boas séries têm revolucionado o entretenimento nos Estados Unidos. É um tipo de produção que te prende?
Sou um grande espectador de séries. Toda madrugada, que é quando eu tenho tempo, vejo pelo menos um episódio. No momento estou viciado em duas: How to Get Away With Murder, que tem a incrível Viola Davis como protagonista, e The Newsroom, que mostra os bastidores de um canal fictício de televisão. Lá em casa nós temos tanto a Netflix quanto o On Demand da TV a cabo.
A última vez que você dividiu cenas com a Taís Araújo na televisão foi em Cobras & Lagartos (2006). Qual é o limite entre a vida pessoal e a carreira?
Eu gosto muito de trabalhar ao lado de Taís. Interpretar esse casal está sendo extremamente divertido para nós. Brau e Michele vivem literalmente entre tapas e beijos. Além disso, há o lado musical, que é algo de que ambos gostamos muito.
Vocês voltarão aos palcos de São Paulo com a adaptação de The Mountaintop, peça da escritora norte-americana Katori Hall sobre a última noite de Martin Luther King, que você encarna. Como surgiu essa versão?
Essa peça foi montada nos Estados Unidos com Samuel L. Jackson e Angela Bassett e tem um texto maravilhoso. É um projeto que estamos preparando há dois anos e, finalmente, conseguimos apoio. Além da luta contra o racismo, a mensagem de Luther King sobre a não violência, o afeto e a batalha por uma comunidade igualitária continua muito atual. Ele foi um homem sempre à frente de seu tempo.
Emicida expõe a luta de classes e o preconceito racial no impactante clipe de “Boa Esperança”.
Vivemos um momento de instabilidade política no Brasil e as redes sociais se tornaram verdadeiros campos de batalha. O brasileiro é um povo inflexível?
Há muitas pessoas falando um monte de coisas inconsistentes. Eu, particularmente, tenho pensado duas ou três vezes antes de emitir uma opinião. Tenho sido um bom ouvinte. Como artista, me sinto muito na obrigação e tenho o desejo de fazer trabalhos que falem sobre afeto, sobre escuta e, acima de tudo, sobre história. Eu acho que esse momento está revelando alguns traços da gente dos quais nos esquecemos. O Brasil é muito festivo e não olha para as próprias feridas, mazelas e defeitos.
Como a música faz parte do seu cotidiano?
Ultimamente eu tenho ouvido Di Melo e Fela Kuti. Outra que voltou à vitrola lá de casa é Nina Simone, minha cantora favorita. Vi o documentário que retrata a vida e a obra dela [What Happened, Miss Simone? (2015)] e fiquei extremamente tocado.
O programa de entrevistas Espelho, do Canal Brasil, teve um momento marcante quando Criolo foi bater um papo com você. O discurso dele enveredou por um caminho de difícil compreensão e gerou vários memes. Depois, ele usou a frase “Lázaro, alguém nos ajude a entender” na letra da música “Cartão de Visita”.
Criolo é um artista incrível. Ele ter transformado as gozações em música apenas prova o grande talento dele. É um artista que cria o tempo todo, estava fazendo música quando deu aquela entrevista. As pessoas gostam de colocar as coisas em caixinhas e a arte não funciona assim. Se você prestar atenção, tudo dito ali tem um sentido tremendo. O Criolo disse em uma entrevista: “Ah, às vezes não me comunico bem”, mas eu discordo totalmente disso. Ele usou o tipo de linguagem que está na obra dele. Mas é óbvio que as brincadeiras também são engraçadas. Meus amigos me mandam mensagens dizendo: “Lázaro, alguém nos ajude a entender”. Eu acho demais.
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