Mick Mars e Tommy Lee falam sobre a apresentação única do Mötley Crüe em São Paulo
Por Paulo Cavalcanti
Publicado em 17/05/2011, às 11h36O Mötley Crüe fez a trilha sonora do final da década de 80, naqueles tempos pré-grunge quando o hard rock de Los Angeles dava as cartas. O quarteto também ficou famoso pelos excessos fora do palco. Eles pegavam pesado nas drogas e no álcool e suas aventuras sexuais se tornaram lendárias. Depois do auge, a banda passou por momentos ruins e se separou. De alguma forma, o quarteto achou forças para voltar. Sobreviveram para contar suas histórias escabrosas e continuar tocando velhos hits como "Girls, Girls, Girls", "Looks That Kill", "Dr. Feelgood" e "Without You". E para os fãs brasileiros a espera acabou: nesta terça, 17, Vince Neil (vocais), Nikki Sixx (baixo), Mick Mars (guitarra) e Tommy Lee (bateria) tocam no Credicard Hall, em São Paulo, com abertura da banda Buckcherry.
Falando por telefone diretamente do Chile, o guitarrista Mick Mars comenta o fim do jejum do público brasileiro. "Cara, eu sinceramente não sei porque levamos tanto tempo para tocarmos na América Latina, especialmente no Brasil", afirma o músico. "Estávamos cientes da quantidade de fãs que temos no país, especialmente hoje em tempos de internet. Os fãs ajudaram muito. Vamos tocar o que o pessoal pediu, baseado em pesquisas."
Leia um trecho do Arquivo RS com o Mötley Crüe, publicado na edição de maio da Rolling Stone Brasil.
O Mötley Crüe está completando 30 anos de carreira e atualmente é considerado um grupo clássico. Mars não se impressiona e procura ser modesto em relação ao legado do quarteto: "Nós nunca buscamos nenhum tipo de reconhecimento da crítica. Eu, por exemplo, nunca me considerei nada mais do que um guitarrista de rock. Sei que, ao longo dos anos, ganhamos uma certa reputação, mas não fizemos nada para buscar publicidade. As coisas simplesmente foram acontecendo." Mars é o mais velho da banda (acabou de completar 60 anos) e pelos padrões anárquicos do Crüe, é o mais quieto, mas se considera bem-humorado. "Tenho senso de humor, gosto de contar piadas, pregar peças e me divertir. Vamos ver o que vai rolar no Brasl".
Tommy Lee, o baterista, também comemora a passagem pelo território brasileiro. Ele, que agora tem 48 anos, já foi casado com estrelas hollywoodianas como Pamela Anderson e Heather Locklear. Lee é considerado o mais mulherengo da turma. "Sempre falaram para a gente: 'Podem ir na boa, lá tem drogas e mulheres de montão'. Mas falando sério, vai ser uma emoção. É a primeira vez no Brasil. Imagino o que os fãs vão sentir vendo a banda assim tão de perto."
Com tantos anos na estrada, Lee não sente que o Mötley Crüe corra o risco de se tornar "respeitável", como afirma: "Naturalmente estamos mais velhos, todos nós temos família, filhos, mais responsabilidades. Mas certas coisas nunca mudam. Ainda somos eternos adolescentes em cima do palco. Temos a mentalidade festeira, então tudo pode acontecer, principalmente no backstage." Sobre o show de hoje, ele reforça que a banda vai cobrir todas as bases. "A apresentação vai ter coisas antigas, todos os sucessos, obscuridades, material novo... Garanto que ninguém vai se decepcionar. Minha mensagem para os fãs brasileiros é: venham nos ver e se divirtam com o Mötley Crüe."
Mötley Crüe e Buckcherry no Brasil
17 de maio, às 21h30
Credicard Hall - Av. das Nações Unidas, 17.981 - Santo Amaro
R$ 90 (plateria superior - setor III), R$ 100 (plateria superior - setor II), R$ 120 (plateria superior - setor I), R$ 170 (pista), R$ 300 (camarote setor II), R$ 320 (pista premium) e R$ 350 (camarote setor I) - há meia entrada para todos os setores
Ingressos na bilheteria oficial da casa ou nos pontos de venda
Vendas pelo telefone: 4003-5588
Vendas online: www.ticketsforfun.com.br