Otto - Marcelo Lyra/ Divulgação

“Eu tenho esse DNA de carnaval”, diz Otto

Músico pernambucano estreia novo disco, The Moon 1111, no carnaval do Recife

Pedro Antunes, do Recife Publicado em 09/02/2013, às 18h29 - Atualizado às 20h20

Otto saiu do palco do Marco Zero, na última sexta, 8, ainda atordoado. “Vou respirar um pouco. Daí conversamos. Por ser?”, pede ele, ao sentar em um banco posicionado no fundo da praça conhecida como Marco Zero, no centro de Recife velho.

Otto respirava avidamente, enquanto acendia um cigarro e conversa com o público, sedento por fotografias com o ídolo. No palco, ele havia interpretado “Anjo Avesso", e, depois, chamou Lia Sophia para cantar as tradicionais “Me Segura Se Não Eu Caio” e “Vida Boa”. No palco, ele dançou, pulou, tirou a jaqueta verde-oliva e ficou apenas com uma camisa de mangas longas, da cor branca.

A emoção de estar ali, no ponto mais característico da cidade, era evidente. Otto, pernambucano, conhece aquele lugar como ninguém. “Tenho frevos intrínsecos no da minha música”, analisa ele, já respirando melhor. “Assim como o maracatu, entende? Eu tenho esse DNA do carnaval”.

Otto vai lançar seu novíssimo disco, The Moon 1111, no Recife durante as festividades carnavalescas. Ele se apresenta neste domingo, à 1h, naquele mesmo palco em que ele homenageou o frevo, no Marco Zero. “Será um show do disco, mesmo”, explica. Odair José, que cantaria a música “A Noite Mais Linda do Mundo (Felicidade)”, não poderá comparecer. “Não sei o que houve, mas ele não poderá vir. Mas vou cantar essa música, no show, como homenagem”, completou.

Subir àquele palco reacendeu, em Otto, de 45 anos, momentos felizes vividos ao longo dos carnavais. “Lembro muito da vivência que tive nessas ruas”, explicou. “Depois de anos cantando, vejo que já faço parte dessa engrenagem chamada carnaval. Do cara que limpa o banheiro, ao policial, ao governador, todos nós nos sentimos uma autoridade para defender essa festa”, diz.

Ele comparou as outras culturas carnavalescas brasileiras com Recife. E, sem modéstia, Otto entende que o diferencial é a “ancestralidade”. “Temos a Bahia, o Rio de Janeiro, mas, aqui em Recife, temos uma coisa carregada na cultura. Somos embaixadores populares”, diz.

Otto toca neste domingo, 10, no mesmo Marco Zero, em uma noite que ainda tem Zeca Baleiro e Titãs.

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