A vocalista do The Pretty Reckless falou sobre a relação conflituosa com o passado artístico em entrevista à Rolling Stone Brasil
Luísa Jubilut Publicado em 24/06/2014, às 18h19 - Atualizado às 20h14
O título de “ex-atriz” persegue Taylor Momsen por onde quer que a cantora passe. Por ela, a antiga profissão não seria abordada em entrevistas e em quaisquer menções ao seu nome. Isso só seria possível se Gossip Girl, programa inspirado nos livros de Cecily von Ziegesar, não tivesse se tornado um hit televisivo instantâneo em 2007. Seu personagem, a chatinha Jenny, se tornou cada vez menos presente no enredo da série, até desaparecer por completo na quarta temporada. Para Taylor, era hora de seguir em frente e embarcar com tudo na carreira musical com sua banda, The Pretty Reckless, que acumula dois álbuns - Light Me Up e o recém-lançado Going to Hell - em sua breve discografia.
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“É incrível poder me concentrar 100% na música”, diz ela à Rolling Stone Brasil. “Desisti de atuar há cinco anos. É como se eu tivesse largado o meu emprego integral.” Em sua voz, não há o menor resquício de remorso ou nostalgia. “Desde então nós viajamos pelo mundo, trabalhamos em material novo e, bem, estou cinco anos mais velha [risos]. Espero ter melhorado.”
“[Going to Hell] é um álbum mais pé no chão, bem mais cru. Não teve muito produção: são duas guitarras, baterias e vocais”, ela conta. “Nos representa melhor do que Light Me Up, a maneira como soamos ao vivo.” A segunda passagem pelo Brasil está prevista para o segundo semestre, por volta de agosto. “Os fãs brasileiros são loucos, um dos nossos melhores shows aconteceu aí.”
Taylor afirma que aos dois anos de idade já sabia que música era sua verdadeira aspiração. Exageros à parte, a jovem, que protagonizou seu primeiro filme, O Grinch, aos seis anos - ao lado de uma versão “esverdeada” de Jim Carrey - cresceu ouvindo Beatles, Led Zeppelin, e quaisquer discos que estivessem ao alcance dela na coleção do pai. “Ouvindo a essas bandas incríveis, eu me apaixonei pela música”, explica. “Eu canto desde sempre. Tive aulas de piano, de guitarra, comecei a compor ainda muito jovem. [A música] sempre fez parte da minha vida.”
Gostando ou não, ela tem plena consciência que o sucesso rápido de The Pretty Reckless deve-se, em parte, aos fãs de seu trabalho em Gossip Girl. “É um ‘catch-22’”, diz ela a contragosto. O termo em inglês, popularizado pelo escritor Joseph Heller em seu romance homônimo, descreve uma situação paradoxal sem escapatória. “No começo, era bom e ruim. Era bom porque nos deixava em evidência, [meus] fãs iam aos shows para conhecer o som da banda. Mas também acho que é difícil na hora de ganhar credibilidade e fazer as pessoas comprarem a ideia de que não é só um passatempo”, ela suspira. “Mas eu larguei a série para me concentrar na música... Eu tomei uma decisão e não olhei para trás.”
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