Em entrevista à Rolling Stone Brasil, Amy Lee comenta o novo disco do grupo, fala da apresentação no festival e promete voltar ao país no ano que vem
Stella Rodrigues, do Rio de Janeiro Publicado em 01/10/2011, às 15h50 - Atualizado às 16h06
O Evanescence é daquele tipo de banda que pode ficar anos sem gravar disco ou aparecer no país, mas sempre terá fãs apaixonados no Brasil. Essa longa pausa feita entre o álbum anterior o grupo e o que sai na semana que vem prova isso. O Evanescence estava parado desde que divulgou o disco The Open Door. Não fazia shows – em lugar algum, não só no Brasil – há algum tempo e, ainda assim, Amy Lee recebia tuites desesperado de pessoas pedindo para que o grupo desse o ar da graça nestas terras. Agora, prestes a lançar Evanescence, produzido por Nick Raskulinecz, a banda vem ao país fazer nada menos do que a primeira apresentação dessa nova turnê. A performance acontece neste domingo, 2, dia de encerramento do Rock in Rio.
“É muita gente!”, se assusta, ao lembrar das 100 mil pessoas que a verão cantar. “Até já nos apresentamos para um público maior, mas esses festivais gigantescos são poucos e espaçados. É muito empolgante e um pouco assustador. Espero muito que dê tudo certo. Claro que lembraremos muita música antiga, mas também teremos bastante material novo.”
Amy Lee recebeu os jornalistas no hotel onde está hospedada, em Santa Teresa, no Rio de Janeiro. Na porta do estabelecimento, fãs esperançosos tentavam cercar todas as ruas em volta dele para garantir que conseguiriam ver pessoalmente, nem que fosse de longe e rapidinho, os integrantes da banda.
Quando Amy desceu do quarto e chegou ao restaurante para as entrevistas, os fãs, do lado de fora, de alguma forma sabiam que ela estava fora do quarto e a receberam aos berros, cantando o primeiro single do trabalho ainda inédito, a faixa “What You Want”. Simpática, Amy sorriu, começou a cantar junto e ainda elogiou o coro. “É o single novo, gosto que eles estejam na mesma página que a gente”, comentou com a imprensa.
Nesse tempo entre a gravação dos dois discos, Amy se casou, foi viver a vida, experimentar outras coisas: “comer novas comidas, ver outros lugares, buscar inspirações diferentes”, conforme define ela. Uma dessas experiências foi aprender a tocar harpa, instrumento que aparece de relance no novo álbum. “Foi uma longa jornada para reencontrar nosso som, o momento, o foco real do disco. Por muito tempo, só experimentamos. Mas acredito que, não importa o quanto demore, você tem que esperar pela inspiração. Não dá para forçar para que as coisas aconteçam só porque é a hora, ou porque a gravadora pressiona, ou até porque as pessoas querem aquilo e vão esquecer quem você é se você sumir.”
Aliás, se tem uma tranquilidade que Amy aparenta é a de que os fãs estarão sempre ali por perto. Comunicativa, ela frequentemente conversa com eles por meio de redes sociais e se alegra com a fidelidade deles. “Não somos mais a mesma banda do primeiro disco, de 2003. O legal é que os fãs cresceram e evoluíram também. Eu sempre recebo muitas cartas e lembro que, antigamente, eram mais ‘imaturas’, diziam coisas do tipo ‘eu te amo, você é minha vida, casa comigo. Agora, várias me dão vontade de chorar, são muito bem escritas e poéticas. Dizem coisas do tipo o que a nossa música fez por eles, recontam experiências proporcionadas pelo nosso som de forma bastante eloqüente e articulada. Fico feliz de pensar que estamos crescendo juntos, nossos gostos mudaram junto.”
Voltando ao assunto Rock in Rio, Amy Lee comentou o festival um pouco do ponto de vista de expectadora. “Ontem assisti ao show do Lenny Kravitz. Ele foi incrível. Adoraria trabalhar com ele. Aliás, quem não gostaria? Vi o show da Ivete Sangalo, gostei também.” Quando a frontwoman fica sabendo que Pitty, uma cantora roqueira e que já foi bastante comparada à ela, até pelo tipo físico, se apresenta logo antes do Evanescence, se empolgou parar assistir. “Parte do que é tão legal de festivais é poder ver essas coisas, especialmente quando eles são fora do país. Em outros locais, existem atrações que são gigantescas, mas que a gente desconhece. Muitas vezes, vamos embora com um novo artista favorito.”
No mais, Amy Lee prometeu voltar ao país no ano que vem, com essa mesma turnê, para uma apresentação só do Evanescence. Ela comentou que recebe mensagens no Twitter de fãs de toda a América Latina aflitos pela confirmação de datas em países como México, Colômbia, Argentina e Chile. “Não fechamos os dias ainda, mas é certo que vamos. É que antes estamos comprometidos com as datas nos Estados Unidos.”
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