É ASSIM QUE ACABA

Ex-publicista de Justin Baldoni processa equipe por trás da suposta campanha de difamação de Blake Lively

O processo movido por Stephanie Jones nomeia Baldoni, juntamente com seu agente de relações públicas e gerente de crise, como réus alegando difamação e quebra de contrato

Por Larisha Paul, da Rolling Stone

Publicado em 26/12/2024, às 19h00
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- Justin Baldoni (Foto: Bryan Bedder/Getty Images for Vital Voices Global Partnership)

Artigo publicado em 24 de dezembro de 2024 na Rolling Stone, para ler o original em inglês clique aqui.

Justin Baldoni enfrenta uma nova ação judicial movida por sua ex-publicista, Stephanie Jones. Na queixa, além do ator, são citados também a publicista Jennifer Abel, a gerente de crise Melissa Nathan e a Wayfarer Studios, todos acusados de difamação e quebra de contrato. O processo surge menos de uma semana após Blake Lively, coadjuvante de Baldoni no filme É Assim que Acaba (2024) apresentar uma ação semelhante, alegando que o ator a assediou sexualmente e organizou uma campanha difamatória contra ela.

A nova ação judicial afirma que Jones foi mantida à parte dos planos de Abel e Nathan, os quais estariam tramando para "enterrar" e "destruir" a reputação de Lively, utilizando uma "agressiva campanha na mídia". Documentos analisados pela Rolling Stone revelam que "ao mesmo tempo, Abel e Nathan buscavam um propósito muito mais egoísta: Destruir a reputação de Jones para tomar seus clientes e enriquecer-se com a saída planejada de Abel da Jonesworks".

Abel trabalhou na empresa de Jones, chamada Jonesworks, de julho de 2020 até agosto de 2024. Segundo a queixa, seu contrato foi encerrado após Jones descobrir o suposto complô. Durante esse período, Baldoni teria iniciado uma colaboração com Abel em um plano para corrigir o rumo da situação após começar a temer que a mídia pudesse divulgar alegações sobre comportamento misógino e tóxico nos bastidores das gravações, o que poderia prejudicar sua imagem pública e carreira.

Na ação, Abel é acusada de ter procurado Nathan para resolver a situação por meio da campanha difamatória, que segundo o processo foi injustamente atribuída a Jones. Nathan já atendeu clientes como Johnny Depp, Drake e Logan Paul. Jones afirma não ter tido conhecimento ou envolvimento na campanha contra Lively.

"Até hoje, Abel e Nathan continuam a apontar falsamente o dedo para Jones agora que suas próprias condutas estão vindo à tona, difamando e atacando Jones na indústria", declara a ação. "Os réus não cessarão os ataques contra Jones e recusaram qualquer tentativa de resolver essas questões fora do tribunal. Esta ação busca finalmente pôr fim ao comportamento inadequado deles e compensar Jones e sua empresa pelos danos causados".

O documento contém capturas de tela de mensagens trocadas entre Abel e Nathan que teriam sido obtidas através da análise do telefone corporativo da publicista após sua demissão. "As campanhas encobertas de destruição e difamação realizadas por Abel e Nathan foram reveladas em preto e branco", aponta o processo.

A ação movida por Lively também incluiu mensagens entre Abel, Nathan e Baldoni. Em uma postagem no Facebook que foi posteriormente excluída, Abel se referiu às mensagens como "selecionadas a dedo". Ela declarou: "Nenhuma imprensa negativa foi facilitada, nenhum plano social de combate foi elaborado; embora estivéssemos preparados para isso como parte do nosso trabalho". Segundo ela, nada precisou ser implementado porque "a internet já estava fazendo o trabalho por nós".

No conteúdo das mensagens apresentadas na ação de Jones, Nathan aparentemente incentivou Baldoni a se desligar da Jonesworks tanto como cliente individual quanto através da Wayfarer Studios para se associar com Abel em sua nova empresa RWA Communications. "Vamos à guerra", diz uma mensagem enviada por Abel a Nathan durante o período que antecedeu sua saída planejada antes da demissão por parte de Jones. Antes de deixar a empresa, Abel teria baixado informações sensíveis sobre clientes e negócios.

"Com o incentivo e assistência de Nathan, Baldoni e Heath, Abel roubou Wayfarer e Baldoni como clientes, visando outros clientes da Jonesworks para deixarem a empresa e lançou a tão planejada RWA Communications", afirma o processo. "Como resultado disso, Wayfarer e Baldoni interromperam o trabalho com a Jonesworks e, apesar de estarem sob contrato com a empresa, se recusaram a pagar pelo serviços contratualmente acordados".

Até o momento da publicação deste artigo, os representantes legais de Baldoni, Abel, Nathan e Wayfarer Studios não haviam respondido ao pedido de comentários feito pela Rolling Stone.

Jones busca indenizações pessoais e para sua empresa em um valor não especificado que será determinado durante o julgamento.

TAGS: blake lively, Justin Baldoni, É Assim Que Acaba, Jennifer Abel, Melissa Nathan, Stephanie Jones