Guitarrista lançará o terceiro álbum solo, Momentary Masters, no fim de julho
Lucas Borges Publicado em 16/07/2015, às 16h29 - Atualizado em 22/07/2015, às 09h46
Albert Hammond Jr. está feliz. O guitarrista do Strokes conversou por pouco mais de 10 minutos com a Rolling Stone Brasil e passou a maior parte do tempo explicando, com simpatia de sobra, uma declaração que deu a respeito de nunca ter se sentido tão bem na vida.
Após hiato de quatro anos, The Strokes finalmente volta aos palcos da Europa – saiba como foi.
“Com passinhos pequenos, fazendo um pouco a cada dia, você chega em um lugar melhor. Tenho sorte de ter uma base, com uma esposa forte, sou capaz de criar mais do que antes e melhor. Sempre tive um pouco de medo e insegurança, mas enterrei tudo isso. E é possível crescer assim, e se você cresce, muda, e se muda, melhora”, disse ele, prestes a lançar o terceiro disco solo, Momentary Masters, que sai em 31 de julho.
“Encaro cada show do Strokes como se fosse o último”, diz Albert Hammond Jr..
No que depender do músico, o público brasileiro acompanhará as novas composições ao vivo. Hammond revela que negocia com o Lollapalooza para estar na próxima edição brasileira do festival – a organização do evento não confirma a informação –, já marcado para acontecer no mesmo local em que foi sediado neste ano, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Além disso, ele estará no próximo Lollapalooza norte-americano, que será realizado no dia 2 de agosto, em Chicago.
“Estou tentando muito ir para a América do Sul em geral. Espero que se conseguir ir para o Lollapalooza que eu também possa fazer os meus próprios shows. Tenho conversado com eles [Lollapalooza] desde o ano passado, é um processo, nada é garantido. Mas existem boas chances, já que estarei em turnê, lançando clipes... Esse é meu sonho: aproveitar e fazer shows bem pequenos, para pessoas que não iriam ao festival. Não dá para ir até aí e só fazer as apresentações pequenas, é impossível. Mas esse é o plano, o objetivo. Todos da minha equipe estão trabalhando duro para alcançá-lo, eles sabem disso muito bem”.
Veja vídeo de sessão ao vivo de "Losing Touch":
O disco, sucessor de Yours to Keep, de 2006, e ¿Cómo Te Llama?, de 2008, também parece ser bastante responsável pelo "momento azul" do norte-americano. Gravado no estúdio dele, em Nova York, onde foi registrado Angles, do Strokes, de 2011, e canções do EP AHJ, outro solo dele, Momentary Masters não é muito diferente do que o público ouviu do artista até aqui.
“Acho que nós temos um catálogo, um histórico de música dentro de nós, como uma enciclopédia que afeta tudo que fazemos. Minhas influências sempre são rock and roll, em melodia e ritmo. O que costumava ser pop e hoje é indie rock. Talvez tenha três bandas que nos últimos anos eu ouvi bastante: o primeiro disco de Twin Shadow [Forget, de 2010], Arctic Monkeys e Wipers, Wire e Misfits”, conta ele, empolgado, juntando as três referências punks em um só balaio.
O que muda especialmente, segundo o guitarrista, é a postura dele no papel de vocalista e líder no palco. “Cantar e tocar guitarra são divertidos, sinto que canto porque tenho que cantar. Acho que nesse disco estou começando a me sentir mais confortável como performer”.
A harmonia da voz e das palavras de Hammond desaparece quando o assunto principal vira a banda que lhe alçou ao sucesso. Na direção oposta das declarações do vocalista do Strokes, Julian Casablancas, em abril deste ano, à revista Noisey (de que eles estariam compondo para um novo disco, o primeiro desde Comedown Machine, de 2013), o guitarrista responde: “Talvez ele esteja fazendo e não comigo”.
Assista a clipe da também nova "Born Slippy":
“Parece que eu estou participando? Acho que ele estava falando sobre quando ele foi para o estúdio em janeiro durante dois ou três dias e provavelmente perguntaram para ele naquela época. Mas não há tempo para gravar, estamos vendo quando fazer isso, mas não estou com a cabeça nisso no momento, estou começando o lançamento desse meu álbum”.
“Você quer saber se eu gostaria de ter menos tempo para mim e mais tempo para os Strokes, entendi”, completa o músico, incomodado com perguntas sobre os shows esporádicos do famoso grupo, como o de 30 de maio deste ano, em Barcelona, o primeiro deles na Europa em quatro anos.
“É uma pergunta na qual eu só me dou mal: se disser que prefiro o Strokes, parece que eu não ligo muito para o que eu estou fazendo, e se eu disser que prefiro eu, parece que eu estou separando a banda. Gostaria que os dois existissem, acho que há tempo suficiente para os dois. Não controlo um grupo de cinco componentes. Quando a gente se juntar, você será o primeiro a ficar sabendo”.
Hammond não precisa pensar no Strokes por enquanto. De agosto a dezembro deste ano, ele realizará 60 apresentações por América do Norte e Europa comMomentary Masters. E se tudo der certo, no começo de 2016 ele estará no Brasil.
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