Compositor comenta as faixas de Tempest, que será lançado em setembro
Mikal Gilmore Publicado em 01/08/2012, às 12h19 - Atualizado às 12h22
Bob Dylan descreve Tempest, 35º álbum de estúdio dele (com lançamento marcado para 11 de setembro), como um disco “em que tudo vale e você simplesmente tem que acreditar que vai fazer sentido”. Mas não era o disco que ele queria fazer. “Eu queria fazer algo mais religioso”, revela. “Eu simplesmente não tinha o suficiente [de canções religiosas]. Intencionalmente, canções especificamente religiosas eram o que eu queria fazer.”
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O resultado é cheio de grandes histórias e grandes finais. O disco foi gravado no estúdio de Jackson Browne em Los Angeles, com a banda que sai em turnê com Dylan – o baixista Tony Garnier, o baterista George G. Receli, e os guitarristas Donnie Herron, Charlie Sexton e Stu Kimball –, além de David Hidalgo tocando guitarra, violino e acordeão. “Tin Angel” é um conto devastador sobre um homem em busca de seu amor perdido; a triste “Soon After Midnight” parece ser sobre amor (mas talvez seja sobre vingança); a vingativa “Pay in Blood” mostra Dylan repetindo, sombriamente, “eu pago em sangue, mas não com o meu”. Mas Tempest é finalizado com ternura, em “Roll On, John”, homenagem de Dylan ao amigo John Lennon.
A faixa-título é uma representação de quase 14 minutos do desastre do Titanic. Diversas músicas folk e gospel falaram sobre o acidente, incluindo “The Titanic”, da Carter Family, na qual Dylan se inspirou. “Eu estava apenas brincando com ela uma noite”, ele conta. “Eu gostei da melodia – gostei muito. ‘Talvez eu me aproprie desta melodia’. Mas para onde eu iria com ela?.” Elementos da visão de Dylan sobre o Titanic são familiares – figuras históricas, o final sem escapatória. Mas há surpresas: os deques e lugares enlouquecedores do navio (“Irmão se levantou contra irmão. Eles lutaram e abateram um ao outro”) e até Leonardo DiCaprio aparece (“Sim, Leo”, diz Dylan. “Não acho que a música seria a mesma sem ele. Ou o filme”). “Mas um compositor não liga para o que é verdade. Ele liga para o que deveria ter acontecido, o que poderia ter acontecido. É o próprio tipo de verdade dele. É como as pessoas que lêem as peças de Shakespeare, mas nunca assistem a peças de Shakespeare. Acho que apenas usam o nome dele.”
O fato de Dylan mencionar Shakespeare levanta uma questão. O último trabalho do dramaturgo foi The Tempest (A Tempestade, em português), e muita gente já se perguntou: o Tempest de Dylan pode ser o disco final do compositor de 71 anos? Dylan repudia a sugestão. “A última peça de Shakespeare se chamava The Tempest. Não era apenas Tempest. O nome do meu disco é só Tempest. São dois títulos diferentes.”
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