<b>AMBICIOSO</b> Farrell quer expandir as fronteiras do Lollapalooza - divulgação

Exclusivo: Perry Farrell planeja parceria do Lollapalooza com as Nações Unidas

"Deve levar mais alguns anos, mas quero sugerir de irmos a diferentes países em missões de paz", diz o criador do festival

Bruna Veloso Publicado em 10/07/2012, às 16h33 - Atualizado às 16h37

Em 21 anos, o Lollapalooza teve dezenas de gigantes da música no line-up. Mas a edição 2012, em Chicago, vai promover talvez o ponto alto de sua história: a única apresentação em toda a América da atual reunião do Black Sabbath. “Não me lembro de termos no festival uma banda dos anos 60 ou 70 que tenha sido tão seminal para um gênero”, diz Perry Farrell, vocalista do Jane’s Addiction e criador do festival.

O aniversário de duas décadas da maratona, em 2011, também fez com que ele voltasse os olhos para uma característica marcante das primeiras edições. Antes, o Lolla era itinerante. “Faz eu me sentir mal o fato de não podermos mais levar tudo para a estrada. Viajávamos como uma família gigante”, relembra. A solução para amenizar a saudade foi levar a marca para outros países. Em 2012, aconteceu a segunda edição do evento no Chile, e a primeira no Brasil. E, segundo Farrell, já há conversa com outros territórios.

Por aqui, o Lollapalooza foi um sucesso de público, embora o cantor tenha sido execrado devido a supostas declarações dadas a um jornal. “Para ser honesto, pensei que teria vários inimigos no Brasil e que ninguém iria ao festival”, diz. Mas, no final, tudo ocorreu como esperado – inclusive com o convite de Farrell à banda O Rappa, que vai se apresentar nos Estados Unidos. “Eles me pareceram falar sobre coisas reais. Eu senti uma conexão com o Brasil através deles.”

As ambições de Farrell, no entanto, vão além da internacionalização. Para ele, o festival pode ser algo ainda maior. “Tenho pensado em ir até as Nações Unidas”, revela. “Eles juntam embaixadores de todo o mundo em prol da paz mundial. Até onde eu sei, os músicos também estão em diversos lugares do mundo pela paz, pela alegria. Deve levar mais alguns anos, mas quero sugerir de irmos a diferentes países em missões de paz.”

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