Produtora Sony pode ter prejuízo de até US$ 90 milhões
Redação Publicado em 18/12/2014, às 16h27 - Atualizado às 18h48
Após os ataques de hackers à Sony Pictures e as ameaças terroristas, o filme A Entrevista teve a estreia nos cinemas norte-americanos cancelada. O longa, que estrearia dia 25 de dezembro nos Estados Unidos e no dia 29 de janeiro no Brasil, também foi barrado por aqui "até segunda ordem".
10 estrelas da música que cantaram para ditadores.
Na comédia, James Franco e Seth Rogen interpretam dois jornalistas que são recrutados pela CIA para assassinar Kim Jong-un. A dupla se aproxima do ditador norte-coreano com o pretexto de realizar uma entrevista.
Segundo a Variety, a Sony não pretende lançar o filme nem em DVD, acontecimento inédito na história de Hollywood. O estúdio pode ter um prejuízo de até US$ 90 milhões.
Para Coreia do Norte, novo filme de Seth Rogen representa um “ato de terrorismo.”
Oficiais de inteligência dos Estados Unidos estão afirmando que o governo da Coreia do Norte esteve “envolvido de forma central” no ataque hacker aos computadores da Sony Pictures. A Casa Branca ainda está decidindo se vai ou não acusar publicamente o país de ciberterrorismo, de acordo com o The New York Times.
Veja o trailer de A Entrevista:
Intercessão da ONU
Em julho deste ano, a Coreia do Norte fez uma reclamação formal à Organização das Nações Unidas (ONU) a respeito do filme. “Permitir a produção e distribuição de um filme sobre um chefe de Estado soberano deve ser considerado como um incentivo ao terrorismo, bem como um ato de guerra”, afirma o texto assinado pelo embaixador da Coreia do Norte na ONU, Ja Song Nam.
James Franco produzirá adaptação de livro de autor de Clube da Luta.
“As autoridades dos Estados Unidos deveriam tomar ações imediatas e apropriadas para banir a produção e distribuição do filme, caso contrário serão totalmente responsáveis por encorajar e patrocinar o terrorismo”, acrescenta.
Em um comunicado divulgado em junho pela agência KCNA, o governo da Coreia do Norte prometeu uma “retaliação impiedosa” contra os Estados Unidos se o filme for lançado. Seth Rogen, por sua vez, fez piada com o ocorrido. “As pessoas geralmente não querem me matar por conta dos meus filmes antes de gastar US$ 12 para assisti-los”, escreveu ele no Twitter.
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