Líder do Jane's Addiction tem intenções de trazer o festival para o país nos próximos anos
Da redação Publicado em 24/09/2009, às 17h55
Dezoito anos após fundar o Lollapalooza, Perry Farrell, líder do Jane's Addiction, negocia para trazer o famoso festival norte-americano ao Brasil.
Em entrevista à Rolling Stone Brasil, o líder do Jane's Addiction - banda que toca em novembro por aqui, no festival Maquinária - afirmou que o país seria um lugar perfeito para abrigar edição do festival, que nasceu em Chicago.
"Temos novas ideias. Uma delas é ir ao Brasil", replica a pergunta da RS Brasil sobre as estratégias boladas para o festival de 2010. "Surfo no Brasil e já fui aí como DJ. É um lugar maravilhoso, especialmente para a música e a vida noturna."
O músico admite estar "sempre conversando com pessoas por aí", mas sinaliza não ter plano fixo para a versão BR do Lollapalooza. "Adoraria, mas teria de dedicar meu tempo a isso. (...) Talvez nos próximos anos aconteça."
A mais recente edição do festival integrou ao line-up praticamente todos os números indies de prestígio no atual cenário musical, como Arctic Monkeys, Yeah Yeah Yeahs, Friendly Fires, Passion Pit e Vampire Weekend, além de veteranos como Lou Reed e Depeche Mode.
Farrell, que divide os holofotes do Jane's Addiction com o guitarrista Dave Navarro, também comentou sobre a sensação de ser um rock star cinquentão - e se consegue imaginar-se no palco daqui a 20 anos.
"Não com o Jane's Addiction. [Isso] é rock de impacto, então você tem que ser atlético", disse, para em seguida alfinetar colegas da cena musical. "Vi algumas bandas clássicas de rock recentemente - clássicos no sentido de Rolling Stones - e senti que a hora delas havia chegado. Não gostaria de entregar o Jane's Addiction ao público nessas condições."
O vocalista calcula "uns sete, no máximo dez" anos de sobrevida para a banda, surgida em meados da década de 80 e com integrantes entre 42 e 50 anos.
Justamente o mais velho da gangue, Farrell admitiu que, se pensa em aposentar o grupo, não planeja a mesma postura na música como um todo, em especial "a dance, em que eu posso continuar até morrer". Motivo: "É um tipo muito mais cerebral para se criar, e se apresentar também. Se eu quisesse, poderia simplesmente ficar em pé [diante do público] e atuar como DJ numas batidas incríveis". Entre os nomes do gênero (que patrica "com Etty, minha esposa, no [projeto paralelo] Satellite Party"), destaca Kaskade, Kid Cudi, Crookers, Deadmau5, MSTRKRFT e Simian Mobile Disco.
Confira entrevista com o músico na próxima edição da Rolling Stone Brasil.
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