Em entrevista à revista IstoÉ, a estilista Graziela Gonçalves falou sobre a tentativa de internar o cantor em uma clínica de reabilitação
Redação Publicado em 09/03/2013, às 16h29 - Atualizado às 17h27
O cantor Chorão, encontrado morto na madrugada da última quarta, 6, em São Paulo, havia voltado a consumir cocaína há quatro anos, revelou Graziela Gonçalves, esposa do músico, em entrevista exclusiva à revista IstoÉ. “E, de um ano para cá, ele passou a usar cocaína com maior intensidade”, afirmou ela, descrevendo a relação recente do músico com a droga como “compulsiva”.
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Como já havia sido revelado, Graziela, ao lado da ex-mulher de Chorão, Thaís, o filho dele, Alexandre e a empresária do músico procuraram um advogado para tentar uma internação involuntária. Segundo Graziela, por questões de trabalho a internação não aconteceu.
Ela também contou que na última vez que viu Chorão, no dia 25 de fevereiro, no apartamento dela em Santos, novamente tentou conversar com o marido sobre um tratamento. Chorão, no entanto, sempre dizia que estava melhorando. Mas Graziela afirmou que sentiu que havia algo errado. “Lembro que, antes de o Chorão ir embora do apartamento, eu tive a certeza de que era a última vez que eu o via. Ele me disse: ‘Eu quero que você prometa que, se acontecer alguma coisa comigo, você vai ficar bem e vai se cuidar’. Na hora que ele estava saindo, nos beijamos e ele me falou: ‘Eu vou te amar para sempre. Pode ter certeza disso’.”
O separação informal do casal – Graziela conta que não foi feito um pedido de divórcio – se deu por causa do vício de Chorão. A estilista revelou que essa foi uma tentativa de fazer com que ele deixasse as drogas. “Eu fiz de tudo para tentar salvar o Chorão”, completou.
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Alexandre Magno Abrão tinha 42 anos e foi encontrado morto no apartamento que, segundo amigos de familiares, era o espaço comumente usado por ele para se drogar. O corpo foi achado pelo segurança e pelo motorista do cantor, Victor Vasconcelos e Kleber Atalla, respectivamente. O imóvel, localizado em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, estava muito danificado por dentro, com um buraco na parede, tacos arrancados, portas e interruptores quebrados, e até um ar condicionado arrancado da parede. Chorão tinha problemas para controlar a agressividade, principalmente quando estava sob efeito de cocaína, reportam conhecidos. Ele tinha ainda ferimentos em uma das mãos, no pé e no rosto. Além do medicamento Lexotan e do anestésico bucal Nene Dent, havia no apartamento um pó branco, que acredita-se ser cocaína, e um canudo feito com uma folha de cheque.
O velório e o sepultamento de Chorão aconteceram em Santos. Cerca de cinco mil pessoas passaram pela Arena Santos, onde ele foi velado. Após as investigações – em duas semanas, exames devem revelar a causa da morte –, o corpo do vocalista será cremado, como era o desejo dele.
Veja fotos do velório de Chorão.
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