Dougie Poynter, Harry Judd, Tom Fletcher e Danny Jones chegam em março para tocar em Uberlândia, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre
Yolanda Reis Publicado em 01/02/2020, às 18h00
Li aquilo em muitas fanfics. Cansei de imaginar. Nunca pensei que aconteceria - não de verdade. Meu celular toca. Quem fala? Harry Judd, o baterista do McFly. Atendo olhando para o pôster dele que está na parede do meu quarto há quase uma década.
Como uma das muitas adolescentes histéricas do final dos anos 2000, passei muitas tardes assistindo clipes de Harry (bateria), Tom Fletcher (vocal e guitarra), Danny Jones (vocal e guitarra) e Dougie Poynter (baixo) em vídeos com pouquíssima definição no YouTube. Passei duas ou três noites em seus shows por São Paulo, também. Também senti bastante raiva quando simplesmente sumiram do mapa.
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Até o McFly anunciar, em setembro de 2019, que estava de volta. Melhor ainda: faria uma turnê de sete shows pelo Brasil em 2020. Inclusive, com a notícia inimaginável: o grupo apresentaria músicas novas.
“Eu não queria que todo mundo pensasse que estávamos voltando só para fazer shows e parar”, explicou Judd em entrevista à Rolling Stone Brasil. “Queria mostrar que tinha um futuro para a banda. Queríamos dar algo novo para eles, não só tocar canções velhas. Então surgiu essa ideia: ‘Por que não soltamos essas gravações, finalmente, e damos o nome de The Lost Songs [As Músicas Perdidas]?’”
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As 13 faixas da “coleção” (Harry não chama The Lost Songs de disco) estavam, de fato, perdidas. Eram músicas gravadas entre 2011 e 2013, por turnês e ensaios, mas que acabaram ficando de fora de quaisquer lançamentos oficiais do McFly. O objetivo do quarteto era lançá-las em 2013, para suceder o álbum Above the Noise, de 2010 (podemos chamar o trabalho de “fiasco”?). “O plano era fazer um disco. Em vez disso, fizemos o McBusted. Então nunca lançamos, e elas ficaram perdidas”, resumiu Judd.
Agora, o McFly se encontrou e está de volta. Estão animados. Durante a entrevista, Judd estava no estúdio, gravando material novo para a banda pela primeira vez em seis anos. Músicas, essas, que “definitivamente não são nada que vocês esperariam, porque evoluímos muito do que éramos”. Os integrantes não sabem se esse material será lançado como disco - mas, definitivamente, sairá. Agora que voltaram, pretendem conciliar a nova fase da vida (adultos casados e com filhos) com o McFly.
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De todas as dificuldades, a maior delas é ficar longe dos filhos, explica o baterista. “Vai ser o período mais longo que ficarei longe deles desde que nasceram, na verdade”, conta Judd. “Mas acredito que, ao mesmo tempo, é bom para quem tem filhos passar um tempo sozinho de vez em quando, sabe? [Risos]. Para Lola [filha de quatro anos] vamos apontar num mapa onde é o Brasil, e explicar que vou entrar em um avião, tocar bateria aí; ela vai ficar bem.”
Harry vem “tocar bateria” aqui em março. O McFly chegará em Uberlândia (dia 19 de março, Arena Sabiazinho). Depois, vão para Belo Horizonte (dia 21, Km de Vantagens Hall), Rio de Janeiro (22, Km de Vantagens Hall), Ribeirão Preto (24, Arena Eurobike) São Paulo (26, Unimed Hall), Curitiba (27, Arena Curitiba) e encerram em Porto Alegre (29, Pepsi on Stage). Os preços variam de R$ 90 a R$ 660, e você pode encontrar as informações no final do texto. Mas, antes, confira a entrevista completa com Harry Judd, do McFly:
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Rolling Stone: Vocês chegarão ao Brasil logo, logo.
Harry Judd: Sim! Estamos muito animados. No último ano, planejávamos voltar para o McFly, e uma das únicas coisas que sabíamos era que queríamos estar no Brasil. Para nossa sorte, foi decidido muito rápido, depois que anunciamos a volta, que aconteceria uma turnê pelo Brasil. Então, estamos muito animados.
Passamos esses anos todos vendo todo o amor nas redes sociais. Nós nos sentíamos culpados, todos esses anos, por não poder fazer shows para os brasileiros. É um grande alívio ir aí e dar o que querem e merecem.
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RS: Fui em alguns shows de vocês por aqui, e eles eram completamente insanos. Pensa que será igual?
HJ: [Gargalhando] Vou chutar e dizer que será completamente louco [risos]. Sabe, para gente, isso é o mais incrível de estar no Brasil. Os fãs são completamente apaixonados, então os shows são incríveis. Sempre foram muito especiais para nós. Acredito bastante que todo mundo será demais e os fãs tão loucos quanto queremos que sejam.
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RS: É a primeira vez que vocês vão viajar desde que casaram e tiveram filhos. O que mudou na hora de fazer uma turnê?
HJ: Penso que temos mais gente para ter saudade. Vai ser o período mais longo que ficarei longe dos meus filhos desde que eles nasceram, na verdade. Ao mesmo tempo, é bom para quem ter filhos passar um tempo sozinho de vez em quando, sabe? [Risos].
Sempre falamos do que devíamos fazer nas nossas folgas, sabe, todos esses caras com tempo livre… Sinto falta deles, mas faz parte do trabalho. Não vamos passar tanto tempo assim no Brasil. Vão ser umas duas ou três semanas, então vai ficar tudo bem.
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RS: Você conversou com seus filhos? A Lola [filha de quatro anos] entendeu que você vai viajar? Essa conversa aconteceu?
HJ: Ainda não, mas vou falar com ela. Ela fez quatro anos, então vai entender. Meu filho [Kit, 2 anos] não entende bem. Ele começou a falar coisas como “o papai vai trabalhar”, então já tem uma noção. Para Lola, vamos apontar num mapa onde é o Brasil e explicar que entrarei em um avião para tocar bateria aí. Ela vai ficar bem.
RS: Agora, sobre música. Vocês acabaram de lançar The Lost Songs. Quando se juntaram e decidiram que estava na hora do McFly voltar?
HJ: Então, em abril de 2019, decidimos fazer acontecer. Sempre existiu essa frustração dessas músicas estarem por aí, mas não sabíamos como montar tudo. Começamos a acreditar que elas nunca veriam a luz do dia. Em abril, decidimos voltar. Nosso empresário sugeriu que começássemos com um grande show - na O2, em Londres - e ficamos bem felizes.
Eu não queria que todo mundo pensasse que estávamos voltando só para fazer shows e parar, a ideia era mostrar que tinha um futuro para a banda. Queríamos dar algo novo para eles, não só tocar músicas velhas.
Então surgiu essa ideia: “Por que não soltamos essas músicas, finalmente, e damos o nome de The Lost Songs [As Músicas Perdidas]?” porque elas se perderam nos últimos, sei lá, oito anos, e, sabe, é uma maneira de entregar algo novo, é um presente para os fãs, eles esperaram tanto tempo…
Soltamos uma música por semana até o show em Londres. Ficamos bem animados de estar lá toda semana, e foi um alívio para a banda finalmente mostrar essas músicas.
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RS: Como foi a gravação dessas músicas?
HJ: Elas já estavam gravadas, né? Cinco delas, as que lançamos primeiro - “Touch the Rain”, “Red”, “Hyperion”, “Dare You to Move” e “Break” - foram gravadas numa viagem entre 2011 e 2012, e o resto foi gravado no Texas em 2013. O plano era fazer um disco. Em vez disso, fizemos o McBusted. Então nunca lançamos, e elas ficaram perdidas.
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RS: E como é voltar para o palco depois dessa pausa?
HJ: Não parece tão estranho, porque fizemos isso durante, o quê, 14, 13 anos das nossas vidas? Aí fizemos uma pausa de só uns três anos, então não foi um choque. Fiz alguns shows no West End [no musical Rip it Up the 60s]; o Tom tocou bastante para divulgar os livros dele; Danny fez trabalhos solo, Dougie também… Não pareceu estranho. Pareceu uma pausa, só isso.
RS: Você me disse que está no estúdio neste instante. Isso significa que vai ter um disco novo?
HJ: Esse é o plano. Tipo, não sei como queremos fazer isso. As pessoas lançam músicas de uma maneira muito diferente, agora. Naturalmente, queremos montar alguma espécie de coleção de músicas para não ficar, sabe, umas faixas aleatórias. Alguns artistas lançam músicas sozinhas, e eu até entendo, mas não funciona para nós.
Um álbum representa onde você está, onde sua banda está, e você mostra isso melhor em várias músicas do que só em uma. Ainda não fizemos nenhuma faixa completa, até agora, mas temos muito material, então vamos lançar várias.
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RS: E essas músicas novas, me fala delas? Elas soam mais como suas faixas antigas, ou é algo novo…?
Olha, algumas músicas definitivamente não são nada que vocês esperariam, porque evoluímos muito do que éramos. Sempre vai ter essa pegada McFly, um sentimento McFly, mas ainda não sei bem. Fizemos muita coisa na última semana, e muito disso nem vai para o disco, mas é certo fazermos agora. Algumas pessoas ficarão bastante chocadas.
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McFly no Brasil - Serviço
MINAS GERAIS
Uberlândia, Arena Sabiazinho (Av. Anselmo Alves dos Santos, 3415)
Dia 19 de março, às 21h
Ingressos: de R$ 150 (arquibancada, meia-entrada) a R$ 500 (camarote open bar)
Belo Horizonte, Km de Vantagens Hall BH (Av. Nossa Senhora do Carmo, 230 – Savassi)
Dia 21 de março, às 22h
Ingressos: de R$ 150 (pista, meia-entrada) a R$ 590 (pista premium)
RIO DE JANEIRO
Rio de Janeiro, Km de Vantagens Hall RJ (Av. Ayrton Senna, 3000 - Shopping Via Parque - Barra da Tijuca)
Dia 22 de março, às 20h30
Ingressos: de R$ 150 (poltrona, meia-entrada) a R$ 650 (camarote)
SÃO PAULO
Ribeirão Preto, Arena Eurobike (Rua Edgar Rodrigues, 373)
Dia 24 de março, às 21h
Ingressos: de R$ 150 (arquibancada, meia-entrada) a R$ 500 (camarote open bar)
São Paulo, UnimedHall (Av. das Nações Unidas, 17955)
Dia 26 de março, às 21h
Ingressos: de R$ 90 (plateia superior, meia-entrada) a R$ 590 (pista premium)
PARANÁ
Curitiba, Live Curitiba (Rua Itajubá, 143 - Novo Mundo)
Dia 27 de março, às 22h
Ingressos: de R$ 190 (pista, meia-entrada) a R$ 600 (camarote)
RIO GRANDE DO SUL
Porto Alegre, Pepsi on Stage (Av. Severo Dulius, 1995)
Dia 29 de março, às 20h30
Ingressos: de R$ 140 (pista, meia-entrada) a R$ 660 (pista premium)
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