Também foram destaques o baixista Marcus Miller, o pífano de Carlos Malta e a banda de Pepeu Gomes
Antônio do Amaral Rocha Publicado em 09/08/2014, às 15h54 - Atualizado em 10/08/2014, às 11h57
A edição de 2014 do Rio das Ostras Jazz & Blues Festival foi dividida em dois fins de semana: de 8 a 10 e 15 a 17 de agosto, diferente das edições anteriores quando o evento acontecia no mês de junho. Isso ocorreu por causa da Copa do Mundo e a produção resolveu não competir com o evento esportivo.
Nesta sexta-feira, 8, uma outra tradição do festival foi rompida e a Orquestra Kuarup não fez a abertura como nos anos anteriores, dando lugar ao show da banda Jamz que tem um dos integrantes residente na cidade. O grupo que ganhou evidência recentemente no programa de televisão Superstar, da Rede Globo, apresentou um som pop com sotaque soul e R&B, com canjas de Izzy Gordon e Tony Gordon. Mas a festa ainda estava começando e às 23h, finalmente, o Rio das Ostras Jazz e Blues Festival assumiu a sua verdadeira feição com a entrada da Orquestra Quarup.
Desta vez, a big band regida pelo maestro Nando Carneiro apresentou um repertório em homenagem ao mestre Dorival Caymmi, mesclado com tradicionais temas de Tom Jobim. Com a participação do flautista David Ganc e do saxofonista Mario Seve, iniciaram a apresentação com “Milagre” (Caymmi), depois uma sequência de Jobim (“Samba do Avião”, “Chovendo na Roseira”, “Águas de Março” e “Garota de Ipanema”. O tributo ao músico Caymmi foi completada com um pout-pourri de temas clássicos do velho trovador baiano interpretados pelo grupo de dança Bahia Formosa.
Logo após foi a vez de Carlos Malta e Pife Muderno, banda com a formação de duas flautas (bambu e transversa), caixa, zabumba e dois pandeiros, um deles defendido por ninguém menos que Marcos Suzano, o requisitado percussionista que deu uma nova dimensão ao instrumento.
O repertório todo arranjado por Malta trouxe temas clássicos da música nordestina, além de “Pipoca Moderna” (Caetano Veloso), “Ponteio” (Edu Lobo), “O Canto da Ema” (Jackson do Pandeiro), e contou com mais uma do grupo de dança Bahia Formosa, que interpretou a execução de “Nítido e Obscuro” (Guinga e Aldir Blanc).n Encerraram a especialíssima apresentação com “Assum Preto” e “Asa Branca” (Luiz Gonzaga). Já nos bastidores, Marcos Suzano declarou ao site da revista Rolling Stone Brasil: “A gente foi chegando, chegando e deu tudo certo. Combinou direitinho”.
O grande nome desta edição, o multi-instrumentista e baixista Marcus Miller fez em seguida o show mais esperado da noite, para um público atento, estimado em 15 mil pessoas. O que não deixa de ser surpreendente, pois a música de Miller não é de fácil fruição. O músico que se notabilizou ainda bem jovem na década de 1980, produzindo e tocando no hoje clássico álbum Tutu de Miles Davis, trouxe uma banda de jazz fusion composta por Lee Hogans (trumpete), Alex Han (saxofone), Brett Williams (teclados, Adam Agati (guitarra) e o Louis Cato (bateria). Fizeram um show enxuto de cinco temas, cada um com incríveis 15 minutos de duração, dando a impressão de serem previamente cronometrados. Em um momento Miller deixou o baixo e solou com o clarone uma envolvente balada. Entre os temas “Detroit” (do álbum Renaissence, 2012), “Dr Jekyll and Mr Hyde”, “Run For Cover” e encerrou com Blast (do álbum Free, 2007).
Às 4h da manhã o público do espaço Costazul não dava mostras de cansaço e reclamava a próxima atração programada. E pontualmente neste horário Pepeu Gomes e sua super banda de oito elementos, que inclui o filho Filipe Pactual, iniciaram a apresentação de uma hora que terminou sem o tradicional bis. Pepeu fez um show totalmente instrumental recriando clássicos da MPB, como “Brasileirinho” e “Tico-Tico no Fubá”. Inexplicavelmente, o músico encerrou o show de forma abrupta, já às 5h da manhã, dizendo “vamos encerrar por problemas da prefeitura”.
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