Pedro Luís à frente do Monobloco, atração do primeiro dia do Festival de Inverno de Brasília 2010 - Ana Claudia Volpe

Noite para dançar

Primeiro dia do Festival de Inverno de Brasília teve shows animados de Fundo de Quintal, Monobloco e Olodum

Por Cristiano Bastos Publicado em 26/06/2010, às 19h58

Nesta sexta-feira, 25, Brasília foi casa do grande festival de música que, pelo quarto ano consecutivo, abriga shows de todos os gêneros e para todos os gostos. É o Festival de Inverno de Brasília 2010, que, até o dia 27 de junho, leva ao Distrito Federal uma programação calcada em pop, rock, eletrônica e música brasileira. A festa acontece no estacionamento do ginásio Nilson Nelson. A edição que homenageia os 50 anos da capital do país vai marcar, também, o retorno da banda Capital Inicial aos palcos brasilienses. Desde que o vocalista Dinho Ouro Preto sofreu um grave acidente num show em Pato de Minas, Minas Gerais, em outubro do ano passado, que a banda não toca em sua terra natal.

O primeiro dia do evento começou com o Dj Mr. Babão, que abriu e fechou o festival. Na sequência, no Palco Principal, Fundo de Quintal fez o que de melhor sabe: botar o público para sambar. O espetáculo continuou com a artista brasiliense Ellen Oléria, com suingue, black music, funk, samba e hip hop. Em Brasília, faz tempo que Ellen passou de promessa a expoente em seu gênero musical. Agora, resta que o Brasil também a descubra. A cantora, compositora e instrumentista tocou repertório baseado em canções de Peça, seu primeiro disco, lançado em 2009.

Como sempre, o combo Monobloco garantiu a dança. A banda cantou e tocou desde Rappa a Seu Jorge, mas aproveitou, também, para botar todos em clima de festa junina com Luiz Gonzaga e, depois, visitar marchas carnavalescas. Criado em 2000 pelo grupo Pedro Luís e A Parede, o Monobloco começou como oficina, com a intenção de "ensinar batucada" para crianças carentes do Rio de Janeiro, cidade na qual o projeto é um sucesso. E, como ficou provado ontem, Brasília também tem um grande público para o grupo.

Os baianos do Olodum mostraram porque tanta gente é fascinada por seu ritmo. E não é só o público brasileiro. Vale recordar que, em 1990, Paul Simon evidenciou mundialmente o Olodum no videoclipe da canção "The Obvious Child". Outras personalidades da música mundial, como Michael Jackson, Jimmy Cliff e Ziggy Marley também se identificaram com a sonoridade que, ontem, fechou a noite com muita batucada e percussão.

Neste sábado, 26, a noite será pop. O Patu Fu abre a cena musical no Palco Diamantina, às 19h30. Logo depois, os mineiros do Skank cantam seus sucessos no Palco Principal. E, para fechar, a música universal de Jorge Ben Jor: suingue e soul dos EUA com influências árabes e africanas, vindas de sua mãe, nascida na Etiópia. Dispensa maiores apresentações: é um dos grandes músicos brasileiros de todos os tempos.

Ambientação

Ponto alto no Festival, a ambientação sempre teve atenção especial no projeto. E uma das grandes novidades da edição 2010 é justamente a cidade cenográfica de Diamantina (Minas Gerais), cidade natal de Juscelino Kubitscheck, criada pelo artista Gil Ferreira. Praça, coreto, casas antigas - que recebem restaurantes e lanchonetes - e o Palco Diamantina, onde se apresentam artistas como Mallu Magalhães e o já citado Pato Fu, enquanto o Palco Principal se prepara para o próximo show.

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