Filme estrelado e dirigido pelo ator retrata mirabolante história real de resgate de reféns no Irã em 1979
Paulo Gadioli, do Rio de Janeiro Publicado em 30/09/2012, às 13h17 - Atualizado às 13h32
É prazeroso poder acompanhar o crescimento de um jovem e talentoso diretor. Observando com cuidado, pode se perceber detalhes que são melhorados a cada filme – novas ideias, novas formas de se contar uma história. Em Argo, terceiro longa dirigido por Ben Affleck, isso fica ainda mais nítido. Partindo de uma emocionante história verídica, o cineasta nos conduz por uma viagem tensa, formada por falsas aparências e repleta de comentários sobre o estado do mundo e da indústria cinematográfica.
O ponto de partida para o projeto foi um artigo publicado na revista Wired. Nele foi descrito como, em 1979, a CIA conseguiu conduzir uma operação de resgate no Irã usando como fachada um suposto filme de ficção-científica chamado Argo.
Tivesse caído nas mãos de um diretor menos preparado, as chances de o filme ser uma bagunça seriam grandes, pois se tratam de diversas linhas narrativas coincidentes. Affleck, no entanto, entrelaça todas elas com maestria, chegando a utilizar a montagem para equiparar o absurdo da situação no Irã com uma disputa intergaláctica protagonizada por monstros e robôs.
Assim como Tony Mendez, o herói da história real (interpretado por Affleck), o ator provavelmente não teria se saído tão bem caso se não contasse com o apoio de uma equipe talentosa. Bryan Cranston convence como o chefão de coração mole e a dupla formada por John Goodman e Alan Arkin merecia um filme próprio de tão carismática.
Os dois servem, de certa forma, como alívio cômico de um filme bastante tenso. O último ato, em especial, quando o protagonista está no Irã e começa a tentativa de resgate, fazendo os reféns se passarem por membros da indústria cinematográfica, é de uma qualidade e clareza que raramente se vê em blockbusters.
Um dos pré-requisitos para ser um – bom – diretor é saber contar uma história. Affleck mostra em Argo que, mesmo tendo uma curta carreira por trás das câmeras, já domina esta arte. Definitivamente um cineasta a se observar.
Saiba quais são os horários de exibição do filme no Festival do Rio:
Domingo - 30/09/2012 - Cine Carioca - 19h30
Segunda - 01/10/2012 - Kinoplex Tijuca 4 - 16h30
Segunda - 01/10/2012 - Kinoplex Tijuca 4 - 21h30
Domingo - 07/10/2012 - Kinoplex Leblon 4 - 16h30
Domingo - 07/10/2012 - Kinoplex Leblon 4 - 21h30
Leia mais sobre o Festival nos links relacionados abaixo.
Morre Andy Paley, compositor da trilha sonora de Bob Esponja, aos 72 anos
Viola Davis receberá o prêmio Cecil B. DeMille do Globo de Ouro
Jeff Goldblum toca música de Wicked no piano em estação de trem de Londres
Jaqueta de couro usada por Olivia Newton-John em Grease será leiloada
Anne Hathaway estrelará adaptação cinematográfica de Verity de Colleen Hoover
Selena Gomez fala sobre esconder sua identidade antes das audições