Com filmes e apresentações ao vivo, festival chega a São Paulo e Rio de Janeiro
redação Publicado em 06/11/2012, às 15h56 - Atualizado às 16h31
As poucas semelhanças encontradas à primeira vista logo se expandem para um universo muito parecido, ainda que a mais de um oceano de distância. Diminuir os quilômetros entre as culturas musicais do Brasil e da Alemanha é um dos objetivos do Festival Cinema Conta Música, que chega ao país pela segunda vez, desta vez com duas sedes, São Paulo e Rio de Janeiro.
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Na capital paulista, o início do festival é nesta terça, 6, a partir das 15h, no MIS (Museu da Imagem e do Som), e as atrações vão até amanhã, 7. No Rio de Janeiro, numa versão menor só com o show, o evento será no sábado, 11, no Casarão Ameno Reseda.
A ideia da criadora e curadora Guéia Ackerman, brasileira que mora na Alemanha há 17 anos, tomou forma há quatro anos, com uma versão do festival na cidade alemã Colônia. Vinda de uma família de músicos, ela havia decidido criar um festival de cinema (ainda com esta ideia de encontro), mas por hereditariedade e afinidade a música também foi incluída e se tornou o tema central.
O músicos brasileiros Wilson Simoninha, Max de Castro e Jair de Oliveira, que estiveram presentes na primeira edição, em Colônia, se encontrarão com o alemão Patrice Bart-Williams, na apresentação paulistana, marcada para quarta-feira, 7, às 21h. Bart-Williams navega pelos mesmos mares da black music dos brasileiros, mas com outra embarcação: hip-hop de batidas lentas, semelhantes ao trip-hop e ao reggae. No Rio, o alemão terá a companhia de Ed Motta, Monique Kessous e Moska.
“A ideia é abrir o leque e não ficar preso em guetos [musicais]”, explica Guéia, sobre a intenção dos encontros. Ela levou Elba Ramalho para a Alemanha, por exemplo, num encontro do forró com a polca, ritmo criado na região da Boêmia, criado no século 19. “A origem do forró está ali”, completa a curadora.
Já os filmes, três nesta segunda edição paulistana, planejam retratos de diferentes momentos histórico, sociais e econômicos da Alemanha. “É uma linha do tempo”, diz Guéia. Primeiro vem Richard Wagner e as Mulheres, de 2005, a história do grande compositor clássico que viveu de 1813 a 1883.
Em seguida, a viagem no tempo chega até os anos 70 e 80 e a explosão da disco music, com Disco Love Machine. É um retrato de um tempo em que a Alemanha ainda era dividida pela Guerra Fria. “Você ficaria impressionado com a quantidade de hits desta época que você nem acreditaria que são alemães”, brinca a curadora. É o caso do grupo alemão Boney M, responsável por canções como “Daddy Cool”, cheia de gemidos, e “Sunny”, que ganhou uma sacana versão em português por Léo Jaime, chamada “Sônia”.
Por fim, o filme Status Yo! mostra a música alemã contemporânea. Um país que passou a receber imigrantes nas últimas décadas e vê sua cultura ganhando novas tonalidades. No longa em questão, é o hip-hop que ganha destaque.
Festival Cinema Conta Música:
Dias 6 e 7 de novembro, em São Paulo
MIS (Museu da Imagem e do Som) – Av. Europa, 158 - Jardim Europa
Informações e programação: 11 2117-4777 ou no no site do MIS
Ingressos: Entrada gratuita (filmes) e R$ 20 (show)
Dia 11, às 21, no Rio de Janeiro
Show de Patrice Bart-Williams com participações de Ed Motta, Monique Kessous e Moska
Casarão Ameno Lisboa – R. Bento Lisboa, 4 – Catete
Informações: 21 2556-2427 ou no no site do local
Ingressos: R$ 50 mais um quilo de alimento não perecível
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