O Fim do Mundo, Enfim traz o registro da comemoração de 30 anos do evento
Paulo Cavalcanti Publicado em 05/04/2016, às 17h46 - Atualizado às 19h08
Nos dias 27 e 28 de novembro de 1982, foi realizado no Sesc Pompeia, em São Paulo, aquele que é considerado o marco zero do punk no Brasil: o festival O Começo do Fim do Mundo. Idealizado pelo escritor Antônio Bivar, o evento juntou jovens da capital e da região do ABC Paulista. Bandas como Inocentes, Ratos de Porão, Cólera, Garotos Podres, Olho Seco e outras tocaram, mas devido às rixas entre gangues rivais a polícia apareceu e houve violência.
Em 2012, os 30 anos do festival foram relembrados no mesmo local. Além de shows, houve o encontro de veteranos da cena punk dos anos 1980 com integrantes da nova geração do movimento. O registro disso está no DVD O Fim do Mundo, Enfim (Selo Sesc). O documentário joga luz em tudo o que aconteceu nos primórdios. “Hoje, com o filme, fica o sentimento de missão cumprida”, acredita Clemente Nascimento, líder do Inocentes e um dos grandes patronos do punk nacional. “Foi naquele momento que saímos do gueto e tudo explodiu. Foi importante para todo mundo.”
Clemente diz que o divisor de águas foi tão impactante que repercutiu inclusive fora do país. “Saiu até no [jornal] The Washington Post. Todo mundo começou a pensar que São Paulo era uma cidade inteiramente punk. Gente como Jello Biafra, do Dead Kennedys, passou a prestar atenção no que ocorria aqui.” Já a repressão policial, para o músico, continua a mesma, mas com uma diferença: “Ainda é presente na periferia, mas naquela época tínhamos uma cena que falava contra isso”.
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