História foi revelada durante especial da BBC que celebrou os 80 anos do astro
Redação Publicado em 22/10/2020, às 11h55 - Atualizado às 12h11
Em comemoração aos 80 anos de John Lennon, a BBC organizou um especial sobre o cantor, apresentado pelo filho dele, Sean Ono Lennon, com diversos convidados. Um deles foi Julian, filho do artista com Cynthia Powell, que relembrou uma conversa "tensa" com o pai antes da trágica morte dele. A informação é do Cheat Sheet.
Julian, nascido no dia 8 de abril de 1963, foi o primeiro filho de Lennon. Nos primeiros anos de vida, ele não era tão próximo do pai, porque o nascimento dele foi mantido em segredo, com o intuito de preservar a imagem de ídolo teen do cantor. Inclusive, de acordo com o site, "Hey Jude" se chamaria "Hey Jules", porque Paul McCartney a escreveu para ajudar o então garoto com o divórcio dos pais.
O relacionamento dos dois começou a melhorar em 1973, após Julian visitar John Lennon e Yoko Ono em Nova York. Os dois se aproximaram muito por conta de composição de música e instrumentos.
Quando Lennon morreu, o filho mais velho tinha apenas 17 anos. No especial, Julian relembrou a última conversa com o pai. "Meu pai e eu conversávamos muito mais ao telefone, sabe, quando eu tinha 15, 16 e 17 anos", disse. "Só me lembro que estava morando em North Wales na época, passei seis meses ou um ano internado também e finalmente voltei para casa".
Ele continuou: "E eu estava morando na casa da minha mãe e estava terminando a escola e me lembro dele tocando 'Starting Over' no telefone, ele havia acabado de mixar". "Eu estava morando no sótão de uma casa em uma rua chamada Castle Street em uma cidade chamada Ruthin, e eu me lembro de ouvir e dizer que adorei, absolutamente adorei", complementou.
Na época, Julian "Eu não sabia o que esperar desse novo álbum dele… Double Fantasy. E eu ouvi isso e disse a ele o quanto eu adorei e então, obviamente, o que aconteceu, aconteceu". Quando escutava a música, ele sentiu que John Lennon estava "extremamente feliz em um lugar feliz e fazendo o que amava".
"É por isso que esse álbum, especificamente, é muito emocionante para mim ouvir, porque eu amo a música. Na verdade, lembro que minhas primeiras memórias foram de estar no estúdio durante aquele álbum. Mas, ao mesmo tempo, é um pouco esmagador como a coisa toda é trágica", finalizou.
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