O arco de Zuko é considerado por muitos críticos como a melhor redenção da história dos desenhos animados
Redação Publicado em 24/07/2020, às 11h06
Uma das maiores críticas a nova trilogia de Star Wars, especialmente direcionadas para A Ascensão Skywalker (2019) foi a redenção de Kylo Ren (Adam Driver). Muitos fãs e críticos falaram que a mudança de vilão para herói foi fraca e mal construída, o que de fato foi.
O site ScreenRant apontou então que o arco de Ben Solo deveria ter tirado importantes lições de umas das melhores redenções da história dos desenhos animados: a do príncipe Zuko, de Avatar: A Lenda de Aang. Afinal, os personagens têm muitas similaridades.
A seguir, o Rant aponta os paralelos entre os antagonistas e a onde história de um falhou enquanto a outra foi bem-sucedida.
Um herdeiro de um grande vilão, envolvido com o império do mal, que possui bondade dentro dele, mas está em um forte conflito de crenças? Essa descrição de personagem serve igualmente para Kylo Ren e Zuko. Mas, a representação do príncipe da nação entregou uma figura muito mais humana e empática do que no antagonista de Star Wars.
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Zuko apenas aparenta cruel e raivoso, mas ele nunca quis de fato matar ninguém e realmente não matou. Nem mesmo desejava matar pai, que o queimou permanentemente e o exilou da nação. Enquanto isso, Kylo matou Han Solo, não hesitou em tentar matar Luke Skywalker e ter, em geral, uma crueldade absoluta.
Essas decisões prejudicam muito a tarefa de criar empatia com o vilão da trilogia quando, em momentos contraditórios, Kylo mostra uma humanidade e arrependimento. Enquanto isso, Zuko comete erros e se arrepende de maneira profunda e triste, conquistando o apoio do público ao ir contra a jornada de antagonista para se redimir e ajudar a salvar o mundo.
A transição de Zuko para o lado dos mocinhos é demorada e recebida com suspeita por Aang e os amigos. E isso é exatamente o que deveria acontecer com Ben Solo. O príncipe do fogo precisa passar por várias provações até estabelecer que realmente mudou, o que torna ele ainda interessante e confiável.
Enquanto isso, Kylo Ren tem apenas uma breve visão da mãe Leia e do pai e, quase magicamente, decide ser bom. Não há peso nem consequência para a redenção e a morte de Ben no final, que parece entrar para a história como um grande herói e não como um maníaco assassino que foi nos dois primeiros filmes de Star Wars.
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