Banda afirma que não autorizou a utilização da música em evento político; campanha de Trump insiste em ter permissão
Aline Carlin Cordaro - @linecarlin
Publicado em 26/08/2024, às 19h09A banda Foo Fighters criticou publicamente o uso da música My Hero em um comício do ex-presidente Donald Trump no Arizona, na última sexta-feira (23). Segundo a campanha de Trump, a utilização da música estava 'devidamente licenciada' através do serviço Songview, da Broadcast Music, Inc., uma das principais organizações de direitos autorais dos Estados Unidos.
O Songview permite que campanhas políticas licenciem músicas para uso em eventos, mas dá aos compositores a opção de se opor ao uso de suas obras. A revista Independent viu documentos que parecem confirmar que a campanha realmente licenciou a música:
Temos uma licença para tocar a música”, disse um porta-voz da campanha.
Apesar disso, os Foo Fighters negam veementemente ter concedido qualquer tipo de autorização.
A banda não só expressou sua insatisfação, como também tomou medidas concretas para garantir que quaisquer royalties gerados pelo uso de My Hero sejam direcionados a uma causa oposta à defendida por Trump. Especificamente, o grupo decidiu que qualquer dinheiro que seja gerado como resultado do uso da música (ou seja, os royalties) não será guardado por eles, mas sim doado para a campanha de Kamala Harris, adversária de Trump.
Em uma declaração à CNN, um porta-voz da banda disse:
Não foi pedida permissão ao Foo Fighters, e se fosse, eles não teriam concedido. Ações apropriadas estão sendo tomadas. Quaisquer royalties recebidos como resultado desse uso serão doados para a campanha Harris/Walz."
Além da nota oficial, a banda rapidamente negou a autorização nas redes sociais. No X (antigo Twitter), o grupo respondeu a um seguidor que questionou se eles haviam permitido o uso da música:
Vamos deixar claro / Não''
Let us be clear. pic.twitter.com/gexHWjPMYh
— Foo Fighters (@foofighters) August 24, 2024