Foster the People no Lollapalooza 2015 - Divulgação/I Hate Flash

Lollapalooza 2015: veterano do festival, Foster the People se mostra mais maduro no palco

Banda explora sucessos dos dois álbuns e faz concerto impecável

Thiago Neves Publicado em 29/03/2015, às 18h56 - Atualizado às 22h56

A apresentação do Foster the People no segundo dia do Lollapalooza 2015 não foi a primeira aparição do grupo norte-americano no país, nem mesmo no festival. Em 2012, Mark Foster, Mark Pontius e Cubbie Fink se apresentaram também na segunda noite da edição brasileira do Lollapalooza, logo antes do Arctic Monkeys. Neste três anos, o grupo lançou o segundo disco da carreira, Supermodel (2014), e, aparentemente, amadureceu – muito - as performances ao vivo.

Mark Pontius, baterista do Foster the People, fala sobre o grupo do qual ele quase saiu semanas antes da composição do maior hit dele .

Ao subir no palco entre os acordes de “Pseudologia Fantastica”, do trabalho mais recente, o trio iniciava o que se revelaria uma apresentação segura do trio californiano. Durante todos os primeiros momentos do concerto, o grupo alongava as faixas e dava roupagens mais livres para as músicas, com espaço para solos e demonstrações vocais de Foster. Ao final de muitas das faixas, ele explorou todo o alcance vocal, atingindo notas agudas e construindo melodias complementares com a base proposta pelos instrumentos. “Helena Beat”, “Houdini” e “Waste”, todas de Torches (2011), álbum de estreia da banda, ganharam interessantes versões.

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A impressão que se tem é que Mark Foster é seguido pelos companheiros de banda. O multi-instrumentista e vocalista dita o ritmo das canções, dialoga com a estrutura da canção, varia a tonalidade e brinca com o tempo de entrada da letra, demonstrando um total domínio do repertório. Desde a primeira aparição da banda, Foster tem papel de destaque, entretanto, a figura do líder ganha força nesta passagem, o espetáculo cresce com ele.

O show não esteve muito atrelado ao mais recente álbum, o grupo explorou todos os sucessos da ainda curta carreira. Hits do primeiro álbum foram intercalados com as músicas mais populares do segundo disco. E não se tratou de desleixo, mas da criação de uma consciência de que há diálogo e evolução entre os dois lançamentos. Com releituras, o Foster the People encontrou uma linha condutora entre as canções dos dois trabalhos e montou uma apresentação coesa, comprovando uma capacidade criativa valiosa.

Com versões grandiosas de “Pumped Up Kicks” e “Don't Stop (Color On The Walls)”, primeiros sucessos do grupo, o show terminou colossal, gastando o último dos fôlegos de uma legítima banda pop, vinda de uma escola de grupos como o The Killers. Arriscando um palpite, com mais dois – talvez um – bons discos lançados, o Foster the People talvez consiga justificar um eventual convite para ser headliner de um festival de grande porte.

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