Frances Bean Cobain posou para o fotógrafo e estilista Hedi Slimane - Hedi Slimane/Reprodução

Frances Bean, filha de Kurt Cobain e Courtney Love, fala sobre vícios e sobriedade: “Batalha diária”

“Vou comemorar minha saúde vibrante e minha abundância de alegria”, disse a artista visual, que completou dois anos sóbria

Rolling Stone EUA Publicado em 15/02/2018, às 13h45 - Atualizado às 17h43

Na última terça, 13, Frances Bean Cobain compartilhou no Instagram a notícia de que completou oficialmente dois anos sóbria. Filha única do casal Kurt Cobain e Courtney Love, ela nunca havia falado publicamente sobre seu seus vícios.

“Pensei em começar esse post usando um momento puro em Oahu, no meio da natureza e com meu amor”, ela começa a longa publicação. “Esse momento é a representação de quem sou no dia 13 de fevereiro de 2018. É importante, porque completo meu segundo ano sóbria.”

Ela acrescenta que “compartilhar meus sentimentos sobre algo tão íntimo em um fórum público é uma decisão interessante e caleidoscópica. O fato de eu estar sóbria não é de conhecimento público. Acho mais importante colocar de lado meu medo de ser julgada, incompreendida ou fixada como algo específico.”

Tanto o pai quanto a mãe de Frances sofreram publicamente com o uso de drogas – Kurt morreu em 1994, com 27 anos, e foram encontrados indícios de drogas em seu sistema – e Courtney recebeu, em 2005, a ordem judicial para se internar em uma reabilitação.

A filha do casal diz que, como figura pública, se sentiu no dever de se abrir publicamente sobre o problema com drogas que enfrenta, buscando ajudar aqueles que estão atualmente combatendo o vício, mesmo que ela em si esteja em uma batalha contínua dia após dia.

“Eu quero ser capaz de reconhecer e observar que minha jornada se tornou informativa, e até útil para outras pessoas que estão passando por situações similares ou diferentes”, ela continua. “É uma batalha diária presenciar todas as dores, os desconfortos e as tragédias que aconteceram ou vão continuar acontecendo.”

A artista visual conclui dizendo que “a forma como tratamos nosso corpo é diretamente ligada a como tratamos nosso espírito. Está tudo conectado, e tem que ser. Então hoje vou comemorar minha saúde vibrante e minha abundância de alegria, gratidão, conscientização, compaixão, empatia, força, medo, perda, sabedoria, paz e a infinidade de emoções bagunçadas que sinto constantemente. Tudo isso forma quem eu sou, forma minhas intenções, quem eu quero ser e me forçam a reconhecer meus limites.”

Veja abaixo o post de Frances.

I thought I would start this post by sharing a pure moment in Oahu surrounded by nature, with my love. This moment is a representation of who I am on February 13th, 2018. It feels significant here & now because it’s my 2nd sober birthday. It’s an interesting and kaleidoscopic decision to share my feelings about something so intimate in a public forum . The fact that I’m sober isn’t really public knowledge, decidedly and deliberately. But I think it’s more important to put aside my fear about being judged or misunderstood or typecast as one specific thing. I want to have the capacity to recognize & observe that my journey might be informative, even helpful to other people who are going through something similar or different. It is an everyday battle to be in attendance for all the painful, bazaar, uncomfortable, tragic, fucked up things that have ever happened or will ever happen. Self destruction, toxic consumption and deliverance from pain is a lot easier to adhere to. Undeniably, for myself and those around me choosing to be present is the best decision I have ever made. How we treat our bodies directly correlates to how we treat our souls. It’s all interconnected. It has to be. So I’m gonna take today to celebrate my vibrant health and the abundance of happiness, gratitude, awareness, compassion, strength, fear, loss, wisdom, and the myriad of other messy, complicated, raw emotions I feel constantly. They inform who I am, what my intentions are, who i want to be and force me to acknowledge my boundaries/limitations. I claim my mistakes as my own because I believe them to contribute to the dialogue of higher education in life. I am constantly evolving. The moment evolution ceases is the moment I disservice myself and ultimately those I love. As cheesy and cornball as it sounds life does get better, if you want it to. I’ll never claim I know something other people don’t. I only know what works for me. seeking to escape my life no longer works for me. Peace, love, empathy (I’m going to reclaim this phrase and define it as something that’s filled with hope and goodness and health, because I want to ) Frances Bean Cobain

Uma publicação compartilhada por Frances Bean Cobain (@space_witch666) em

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