Frank Iero and the Future Violents fizeram apresentação íntima em São Paulo e, mesmo com apenas uma música do novo projeto, já conquistaram os fãs
Yolanda Reis Publicado em 29/04/2019, às 18h28
Frank Iero tocou em São Paulo na noite deste domingo, 28. Foi a única apresentação do cantor no Brasil, País que visitou pela última vez em 2008, quando ainda era guitarrista do My Chemical Romance.
A banda emo acabou em 2013. Os membros foram por caminhos diferentes, e Iero decidiu continuar na música. Desde então, foram três projetos solo: frnkiero and the cellabration, Frank Iero and the Patience e o novíssimo Frank Iero and the Future Violents. Um repertório com a união dos três grupos foi apresentado em São Paulo.
A maioria do público que estava no show chegou até lá pelo My Chemical Romance, isso é verdade. Mas ficaram pelo Frank Iero. Cantaram palavra por palavra das músicas. Surpreso, ele se afastava do microfone quando percebia que o público sabia a letra para deixar a plateia cantar.
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Com isso, o guitarrista conseguiu mostrar que está muito além da banda que dividiu com Gerard Way e conquistou um espaço para chamar de apenas seu. Até mesmo “Young and Doomed”, seu lançamento de pouco mais de um mês, já estava na boca de todo mundo ali.
A faixa, uma das mais bem recebidas da noite, faz parte de Barriers, o primeiro disco dos Frank Iero and the Future Violents. O lançamento é no dia 31 de maio. O álbum, como o músico explicou para a Rolling Stone Brasil, segue a linha de contestação pessoal de “Young and Doomed”.
“[É] uma continuação da celebração da nossa desordem. A ideia de que não importa pelo que passemos, algumas coisas são características herdadas. Essas coisas ficam na sua cabeça. A ideia é perceber que suas falhas na verdade não são falhas, e sim aspectos que fazem de nós pessoas únicas. Ninguém é problemático exatamente da mesma maneira, e por isso eu acho que as pessoas são tão intrigantes e bonitas, porque não somos perfeitos. Ninguém é. Cada um tem tem algo único que faz de nós um indivíduo, e devemos nos orgulhar disso.”
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As mensagens de apoio e autoaceitação correram durante todo o show. Afinal, disse Iero, todo mundo tem problemas. Mas temos que lidar com eles, não deixá-los que eles nos diminuam.
O show ocorreu na Fabrique Club, casa pequena, e não reuniu muita gente. O que funcionou para os fãs que esperaram tanto tempo para poder ver o músico de perto.
Todo mundo próximo ao palco e papo carinhoso desenrolado pelo norte-americano criaram uma sensação bastante intimista durante toda a apresentação; foi quase como ir assistir à um show de um amigo seu.
Apesar das palavras de conforto, as músicas de Frank Iero não escondem o distúrbio, e o cantor grita suas angústias com as pesadas guitarras e bateria a explodir.
Letras que, para ele, fazem todo o sentido e permitem que ele toque rock do jeito que lhe agrada; além disso, pode fazer o que tem feito muito bem durante os últimos 24 anos: se revoltar e levar um monte de gente com ele.
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