A imagem, falsamente atribuída, foi compartilhada por Flávio e Eduardo Bolsonaro, filhos do presidente Jair Bolsonaro
Redação Publicado em 01/06/2020, às 15h25
“Os fascistas do futuro, se chamarão a si mesmos de antifascistas [sic.]”, diz uma imagem compartilhada neste domingo, 31, por Flávio e Eduardo Bolsonaro no Twitter. Atribuíram a frase a Winston Churchill, primeiro ministro inglês na época da Segunda Guerra Mundial - e abertamente uma pessoa contra o fascismo.
O problema é… Essa frase não é de Churchill. Muito menos de José Saramago, a quem foi atribuída em 2018 (embora, na ocasião, não houvesse o sujeito da oração separado por vírgula nem o “se chamarão a si mesmos” na lista de erros gramaticais). De fato, tal posicionamento só apareceu em 2018 em buscas online, como mostrou o El País em reportagem da época.
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Embora atribuída a um político importante e também a um escritor relevante, a frase contra antifascistas não é de ninguém conhecido. Como muitas vezes acontece, em fake news, o autor "some" no meio de falsas atribuições.
A “frase de Churchill” foi desmentida com mais veemência quando, também em 2018, a International Churchill Society fez uma grande investigação e explicou que não - o político britânico nunca disse isso, explica o Estadão. Mesmo porque nem faria lá muito sentido: ele mesmo era bastante contra o fascismo.
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Não é a primeira vez, porém, que um político compartilha essa mesma fake news - e é contestado no ato. Em 2018, Greg Abbott, governador do Texas, EUA, compartilhou a citação falsa no Twitter. Diversos veículos apontaram o erro - e o político deletou a imagem.
Winston Churchill era primeiro-ministro da Inglaterra entre 1940 e 1945 - anos em conflito na Europa, devido à Segunda Guerra Mundial. Era bastante próximo de Franklin Delano Roosevelt, presidente dos EUA na época - e ajudou a levar o país americano para dentro do grupo Aliados.
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Winston era bastante estrategista e extremamente inteligente. Seus planos de guerra e ação têm parcela importante na vitória dos países Aliados na Segunda Guerra, e consequente vitória sobre Hitler e Alemanha Nazista.
Churchill sempre declarou-se amante da Inglaterra. Apoiava a monarquia, e detestava o fascismo de Hitler, Mussolini e líderes autocentrados que pipocavam por todo canto durante a primeira metade do século XX. O ex-ministro declarava-se, também, contra o comunismo e a URSS.
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