Banda comemorou 15 anos de existência com show gravado em São Paulo
Lucas Borges Publicado em 30/05/2015, às 11h07
A banda gaúcha Fresno comemorou uma data marcante no final de 2014 com o recém-lançado DVD 15 anos. O registro, gravado na cidade de São Paulo em mais de duas horas de show, trata-se de um documento sobre o grupo que surgiu como fenômeno adolescente, amadureceu e agora alimenta planos grandiosos para o futuro.
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“Caso uma pessoa do Japão queira saber o que é a Fresno, entregamos o DVD e falamos, ‘É isso’”, diz à Rolling Stone Brasil o líder e vocalista Lucas Silveira, que usa o artigo assim mesmo, no feminino.
O repertório do disco é uma espécie de linha do tempo, englobando canções dos trabalhos mais recentes, Revanche, de 2010, Infinito, de 2012 e Eu Sou a Maré Viva, de 2014, e também sucessos da época em que jovens se descabelavam ao som dos primeiros acordes do quarteto.
“Conseguimos uma coisa muito difícil, que é atravessar aquele momento em que foi uma moda e permanecer com o público que é até mais fiel do que era antes e que continua crescendo”, acrescenta Lucas, cinco anos depois de ter manifestado na capa da Rolling Stone Brasil a revolta que sente com o rótulo de emo que insistem em envolvê-los.
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“A maneira como fomos trabalhando à época pintou uma imagem da banda que não condizia com o que a gente era. Não era aquela coisa agressiva, ‘como somos malvados’, nem aquela coisa muito fofa, de revista teen. Hoje, acho estamos menos tensos. ‘Te acalma aí, faz sua música, seja bom, toque para caralho e relaxe porque o tempo passa e é muito generoso com quem planta’”.
O - ou a - Fresno ainda se importa, sim, em corrigir uma imagem errada que possam recair sobre o grupo, mas almeja muito mais do que isso. Sem planos de produzir um novo álbum por enquanto, a banda deve viajar com o show do DVD por pelo menos um ano e, daí em diante, tudo pode acontecer.
“Nunca tocamos no Rock in Rio. Temos que tocar lá, temos que fazer o Lollapalooza. Temos planos bem megalomaníacos e diferentes, como fazer um show com uma orquestra. Nossos últimos dois discos tem essa orientação épica, quase sinfônica. Também estou escrevendo um musical. São maneiras de dar vazão ao trabalho que fazemos”, explica Lucas.
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