Cantora de tecnobrega e banda pernambucana empolgaram o público; Magic Slim tocou blues em noite de carnaval
Patrícia Colombo, de Recife Publicado em 16/02/2010, às 17h51 - Atualizado em 19/01/2012, às 18h27
Atualizada em 16/2, às 4h04
A segunda noite do Rec-Beat, neste domingo, 14, trouxe o norte-americano Magic Slim, um dos mais respeitados nomes do blues. Sua apresentação foi bastante admirada, mas a empolgação veio em massa durante os shows da cantora tecnobrega Gaby Amarantos e da banda pernambucana Volver.
O local estava mais cheio que na noite anterior e um dos motivos pode ter sido, além dos nomes que integravam o line-up, o fato de às 17h ter acontecido a apresentação do bloco Quanta Ladeira, que lotou o local onde o palco estava montado. Conhecido por suas sátiras, neste ano o grupo teve como convidadas Thalma de Freitas e Fernanda Takai. Figuras políticas como Dilma Rousseff e José Serra não escaparam do humor escrachado do grupo, tampouco a estudante paulista Geisy Arruda. O Quanta Ladeira (trocadilho com a canção cubana "Guantanamera") atua há 13 anos, parodiando sucessos musicais nacionais e internacionais.
A partir das 20h, a programação dos cinco shows teve início e contou ainda com A Banda de Joseph Tourton e o duo eletrônico King Coya e La Yegros. Saiba abaixo como foram as apresentações:
A Banda de Joseph Tourton (PE)
Para começar a programação do domingo, 14, assim como na noite anterior, foi escolhido um grupo instrumental pernambucano. A Banda de Joseph Tourton, que assumiu o festival pontualmente às 20h, trouxe um rock que agrega elementos eletrônicos, juntando a eles sonoridades mais leves, provenientes da flauta e da escaleta. Em algumas faixas há a presença marcante do trompete que contribui para um maior peso nas músicas. Bem aceito pelos presentes no evento, o setlist contou com "#3" e "A Festa de Isaac", entre outras.
Volver (PE)
Certamente, até o momento, a apresentação dos recifenses do Volver foi uma das que mais aglomerou pessoas no Cais da Alfândega - e não só isso: foi o show em que o público presente mais cantou junto. Com um estilo inspirado no rock dos anos 60 e contando com letras, em sua maioria, sobre a temática do amor, a banda parece ter sido a escolhida por alguns dos órfãos dos Los Hermanos, já que também remete a influências musicais da (extinta?) banda formada no Rio de Janeiro. Entre as faixas cantadas em coro pelos fãs (e em diversos momentos, o vocalista Bruno Souto deixava a cargo do público as letras das músicas, inclinando o microfone em direção à plateia), estavam a versão da banda para "Meu Cofrinho de Amor", do cantor de forró Elino Julião, "Tão Perto, Tão Certo" e "Não Sei Dançar".
Magic Slim (Estados Unidos)
Magic Slim deu as caras no festival para presentear o publico com o que sabe fazer muito bem: o blues. Sim, de fato, o estilo musical pouco tem a ver com o tradicional carnaval, mas a plateia, sempre receptiva às mais variadas sonoridades, soube aproveitar bem os riffs da guitarra tocada por Slim. Ele chega lentamente ao palco - o músico tem 72 anos de idade -, enquanto a banda (formada por dois argentinos e um brasileiro) já vinha aquecendo o público. Ao começar a tocar, mostra, de fato, a que veio. Problemas com o microfone marcaram o início do show e pouco se ouvia o norte-americano. Em um curto período, o incidente é resolvido e, ao ter sua rouca voz escutada pela plateia, é ovacionado. "Mustang Sally", um dos clássicos do blues, foi cantanda num coro discreto durante o trecho "Ride, Sally, ride". O músico interagiu bastante com o público, provocando com um "Não consigo ouvir vocês!", com uma mão na orelha, enquanto o público se empolgava com sua música. Ao término da apresentação, da mesma forma vagarosa que entrou, saiu, mandando beijos.
King Coya e La Yegros (Argentina)
O produtor argentino King Coya assumiu as pick-ups, deixando a sonoridade do blues para trás e dando início aquela que seria a parte eletrônica da noite. Junto a ele, a também argentina La Yegros fez a voz em algumas das faixas. O estilo apresentado mistura as batidas eletrônicas a elementos da cúmbia. "Carinio" foi cantada por Yegros no início do show e, após algumas faixas, ela sai do palco e os olhos se voltam somente a Coya (seu setlist contou até com um remix do funk carioca "Fedido" - aquele do "fede pra danar, mas é gostoso"). Mais para o final da apresentação, a cantora retorna e executa "Trocitos de Madera", que integra seu mais recente EP, encerrando o show à 00h10.
Gaby Amarantos (PA)
Salto alto, colant preto e meia-calça. Cabelos longos e em tons de loiro. Pele negra. Não, não é Beyoncé, mas, segundo o público, é quase. Trata-se de Gaby Amarantos, considerada por seus fãs a versão paraense da cantora norte-americana. Seguindo a sonoridade mais eletrônica iniciada em peso por King Coya, a cantora trouxe o tecnobrega e mostrou que consegue segurar um show mesmo quando um dos instrumentos fundamentais do estilo, o teclado, queima no meio da apresentação. Ainda não se sabe o que causou o incidente. No entanto, como se nada tivesse acontecido, Amarantos deu sequência ao evento, empolgando a grande quantidade de pessoas no local, executando faixas como "Hoje Eu Tô Solteira" (versão tupiniquim de "Single Ladies"), "Bêba Doida" e "Red Label ou Ice". Mesmo em se tratando de estilos diferentes, o show de Amarantos empolgou tanto quanto o do Volver, arrancando até coro de "Diva!".
Lucas Santtana, Radistae, Zé Manoel, Puerto Candelária e Renegado se apresentaram na primeira noite do festival. Clique no link abaixo para saber como foram os shows.
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