Guitarrista diz que abrir shows do Foo Fighters trouxe a inspiração
STEVE APPLEFORD Publicado em 24/01/2016, às 10h15
Em 2014, Gary Clark Jr. marcou presença no álbum Sonic Highways, do Foo Fighters, tocando um solo na faixa "God Is My Witness". O líder e vocalista Dave Grohl ficou embasbacado, tanto que resolveu retribuir o favor chamando Clark para abrir vários shows da banda dele.
"Eram umas 20 mil pessoas por noite”, conta Clark, cuja guitarra preferida hoje é uma Gibson SG vinho que Pat Smear, guitarrista do Foo Fighters, lhe deu de presente. "Foi inspirador ver gente que faz isso há tanto tempo ficar empolgada toda noite em tocar por três horas. Foram aprendizados."
Clark – com o FF e nos próprios shows como artista principal – mostra o que aprendeu ao ampliar o som que faz. Em seu mais recente álbum, The Story of Sonny Boy Slim (2015), ele incluiu soul e funk. O show atual do músico com frequência tem mais em comum com bandas como o Parliament e o Chic do que com o guitarrista de blues Albert King, uma das principais influências em seus anos de formação.
Em uma recente temporada de três noites no Fonda Theatre, em Hollywood, com um quarteto de explosões tórridas de blues, ele incluiu um terço do novo disco em performances bastante furiosas. Nelas, faixas como "Hold On" e "Our Love" ganharam versões ousadas. Durante um solo escaldante, Clark abanou a mão esquerda no ar, como se quisesse esfriá-la. "Tenho muitas músicas na cabeça", diz mais tarde, sentado no camarim. "Sinto que preciso ampliar os limites."
Com uma turnê pela América do Norte agendada até o segundo trimestre, o guitarrista – que se apresentou no Brasil, no festival Lollapalooza, em 2013 – voltará ao estúdio até meados deste ano para trabalhar em novo material. Ao pensar em suas ambições musicais, Clark se lembra de heróis como Jimi Hendrix e Stevie Ray Vaughan, que morreram antes de conseguir colocar totalmente em prática o potencial deles. "Quero explorar", afirma. "Quero mostrar tudo isso enquanto posso."
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