Em conversa ao astrofísico Neil deGrasse Tyson, o autor explicou o que ele acredita ter errado
Redação Publicado em 23/04/2019, às 14h47
No episódio mais recente de Star Talk, talk-show do canal National Geographic apresentado pelo astrofísico Neil deGrasse Tyson, George R. R. Martin contou porque tecnicamente não existem dragões e zumbis no mundo de Game of Thrones.
“Quando você se dispõe a criar um mundo, é claro que tenta fazer tudo certo. Mas isso não é possível, porque ninguém é a fonte de toda a sabedoria humana”, disse o autor da série Crônicas de Gelo e Fogo. Em seguida, ele explicou como tentou fazer Westeros parecer o mais real possível, para em contraponto, poder introduzir magia, lagartos voadores gigantes e um exército de mortos-vivos.
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E, falando em dragões, Martin acredita ter errado na criação desses seres que acompanham Daenerys Targaryen. Nos livros (assim como na série), Rhaegal, Viserion e Drogon possuem pernas traseiras e as asas que saem dos antebraços, o que tecnicamente, torna errado chamá-los de dragões.
“Na heráldica [estudo voltada para descrição de brasões de armas ou escudos], eles são chamados de serpes”, acrescentou. “Isso fez com que alguns puristas ficassem me enchendo o saco”.
E foi basicamente o mesmo problema técnico que ele sofreu com os White Walkers, que, no significado mais comum da palavra, não são zumbis.
“Eu não sei se eles estão vivos. Quando você morre, como por exemplo, se eu morrer daqui cinco minutos, meu corpo vai continuar aqui, e alguma força pode tomar conta dele, levantá-lo e sair por aí de novo”, explicou.
Martin comparou a situação das criaturas a impulsos elétricos que vêm de outro lugar que não o cérebro, exatamente aquilo que inspirou Mary Shelley a escrever Frankenstein: experimentos em que sapos mortos recebiam choques e se mexiam. “Então eles são basicamente pessoas mortas reanimadas? Sim, basicamente”, completou.
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