Filme dirigido por Gareth Edwards tem lado chato, mas mantém o espectador tenso na poltrona
Paulo Cavalcanti Publicado em 15/05/2014, às 12h07 - Atualizado às 12h50
Godzilla, conhecido como “O Rei dos Monstros”, é um dos mais icônicos personagens do cinema. Mas quem acompanha a história da criatura já se acostumou a ver os longas da série serem incluídos em listas que elencam filmes ruins. Segundo esses rankings, a premissa de Godzilla é mais ou menos a seguinte: “uma hora de cientistas nos aborrecendo com detalhes sobre abalos sísmicos, depois mais meia hora mostrando atores vestindo fantasias de borracha destruindo uma Tóquio de papelão”.
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Em 1998, o diretor Roland Emmerich tentou reviver a saga do monstro japonês com resultados desastrosos – nem o charme trash das produções originais a versão hollywoodiana tinha. Neste ano de 2014, em que Godzilla completa 60 anos, uma nova versão chega às telas. Se a série Godzilla tem o conceito de “filme ruim” por não valorizar enredo ou interpretações, pelo menos a versão 2014 afasta o ranço de algo explicitamente tosco. O público que vai assistir a Godzilla não espera ver Shakespeare – se a expectativa é ver monstros brigando e destruindo grandes cidades, o que é oferecido nesta versão milionária dirigida por Gareth Edwards (Monstros) é de deixar qualquer um tenso na poltrona.
No enredo, Bryan Cranston, ex-Breaking Bad, é Joe Brody, um cientista que em 1999 vê a mulher (Juliette Binoche), também cientista, ser morta depois de um estranho terremoto destruir o Japão. Quinze anos depois, ele continua obcecado em descobrir a verdade – Brody acha que não foi nenhum terremoto e que na verdade os governos de grandes países estavam encobertando algo maior e mais sinistro. E ele estava certo: os testes nucleares feitos pelos Estados Unidos na década de 1950 teriam gerado vários monstros bizarros, que estavam apenas esperando a hora certa para reaparecer e aterrorizar a humanidade. Um deles é Godzilla, uma espécie de dinossauro que, na verdade, só quer ser deixado em paz. E apesar de temido, o monstrengo acaba virando um herói improvável, já que tem como inimigos dois insetos gigantescos, esses sim com intenções reais de se livrar dos seres humanos e repovoar a Terra.
A destruição começa no Japão e vai para os Estados Unidos, passando por Las Vegas e São Francisco. Enquanto os bichos seguem a trilha do caos, Ford (Aaron Taylor-Johnson), o filho de Joe Brody, que agora é soldado de elite, se une aos companheiros de farda para acabar com a farra das criaturas.
O filme tem coisas bem chatas, como a interação de Ford com a mulher Elle (Elizabeth Olsen). Fora que Aaron Taylor-Johnson é um ator bem inexpressivo. Mas isso não interessa. Quem aguentar as partes menos interessantes e os esperados clichês vai sair satisfeito e deslumbrado com as criaturas espetaculares e os efeitos especiais de ponta. E ninguém vai deixar de torcer pelo Rei dos Monstros.
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