- Jacob Collier (Foto: Alberto E. Rodriguez/Getty Images for The Recording Academy)

Grammy 2021: 5 curiosidades de Djesse Vol. 3, disco de Jacob Collier indicado a Álbum do Ano

Mistura de gêneros e instrumentos não convencionais descrevem o trabalho do artista

Marina Sakai | @marinasakai_ (sob supervisão de Yolanda Reis) Publicado em 14/03/2021, às 17h00

Aos 26 anos, Jacob Collier é dono de quatro Grammys. Em 2021, teve seu quarto disco indicado à categoria de Álbum do Ano. Djesse Vol. 3 (2020), como todos os outros, é um testamento do talento do artista. Além disso, é o trabalho com mais influência pop e eletrônica até o momento.

Confira algumas curiosidades sobre Djesse Vol. 3 e sobre o processo criativo de Collier:

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Jacob é autodidata

A mãe de Collier é professora de violino e, desde antes de falar, ele sentava para escutá-la as aulas dela. Assim, cresceu com a música como segunda língua; aos sete anos, sabia tocar diversos instrumentos. Talvez explique a noção quase intuitiva do artista para compor melodias e montar arranjos. 

O trabalho de Jacob tem muitas inspirações multiculturais — uma das faixas de Djesse Vol. 2 (2019), “Lua”, é cantada em português e influenciada pela bossa nova. Para o terceiro volume, viajou a diversos países e cidades, incluindo Los Angeles (EUA), Marrocos, Tokyo (Japão) e Nashville (EUA). A diversidade cultural é visível no conteúdo do disco nas parcerias inusitadas e sons diversos.

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Por que “Vol. 3?”

O disco não é um projeto separado, é o terceiro em uma sequência de quatro volumes, os quais Collier pensou há muito tempo. Cada um dos trabalhos simboliza uma parte da jornada musical do artista — as sinfônicas do Vol. 1 (2018), a bossa nova, jazz e folk do Vol. 2, até chegar no pop eletrônico do Vol. 3

Jacob tinha ideias e, ao longo do processo, separou-as em “caixas” diferentes, identificadas com um ou outro projeto. No final, concretizou um projeto para cada uma.

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Não se baseia em gêneros, e sim em espaços

Jacob queria construir pontes entre todos os gêneros musicais sem limitações. No primeiro volume, o espaço era grande, das orquestras sinfônicas e dos corais. O segundo espaço era pequeno, acústico. Em Djesse Vol. 3, como disse em entrevista ao National Public Radio (NPR), “é quase um espaço negativo.” 

O disco, até pela capa, evoca uma ideia de noite, escuridão para explorar. Jacob se sentiu assim ao criá-lo, como se estivesse em um vácuo pronto para ser descoberto. É arriscado sonicamente, tem momentos de soul e R&B, mas é também pop.

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Além dos instrumentos

Collier usa diversos objetos para ajudar a conseguir a música. Usa os sons à sua volta, na casa onde sempre morou com a família, no norte de Londres. Gosta de originalidade em suas ideias, então, se ouvia acordes familiares ou melodias conhecidas, tentava dar um “toque de Jacob” nelas, com instrumentos não convencionais para não se parecerem com mais nada.

Desacelera

Desde o primeiro disco, In My Room (2016), Collier estava em uma rotina frenética de produzir música e turnês mundiais, tinha poucos momentos de descanso. Djesse Vol. 3 estava pronto em março de 2020 e o artista embarcaria em uma viagem de 10 semanas. Então, veio a pandemia do coronavírus.

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Jacob decidiu aproveitar o tempo para se dedicar mais ao disco. Passou quatro meses aperfeiçoando-o e, atualmente, gosta muito mais dele por isso. O trabalho melhorou visivelmente em profundidade de conteúdo e som.



+++ LAGUM: 'BUSCAMOS SER GENUÍNOS' | ENTREVISTA | ROLLING STONE BRASIL

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