Grammy estreará vídeo em 3D de Michael Jackson

Clipe em 3D de "Earth Song" será mostrado na íntegra pela primeira vez; Grammy convidou Celine Dion, Smokey Robinson, Jennifer Hudson e Usher para tributo ao artista morto em junho

Da redação

Publicado em 21/01/2010, às 10h19
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A 52ª edição do Grammy, marcada para o dia 31, terá Michael Jackson em 3D, no vídeo de "Earth Song" que estava previsto para os 50 shows na O2 Arena, em Londres. A homenagem póstuma será acompanhada por tributos de Celine Dion, Smokey Robinson, Jennifer Hudson e Usher, informou o jornal The Los Angeles Times.

O produtor do Grammy Ken Ehrlich explicou a inserção do número na premiação musical: "Tentar imitá-lo, tentar representá-lo, apenas não soava, para mim, como algo que devêssemos fazer. Você não quer ver alguém que não seja Michael interpretando 'Beat It' e 'Billie Jean'. Pareceu, para nós, uma forma de representá-lo. É como a ponta do chapéu".

"Earth Song" - integrada a HIStory, álbum lançado pelo rei do pop em 1995 - tem forte conexão com o tempo em que vivemos. Balada engajada na causa ambiental, era "uma canção muito importante para ele", alegou Ehrlich. Um trecho do vídeo, que Jackson nunca teve a chance de mostrar no concertos londrinos, foi incluído em This Is It, documentário que registrou os ensaios da turnê jamais concretizada. A estreia do clipe na íntegra, em tratamento tridimensional, acontecerá no Grammy.

O vídeo, nas palavras de Ehrlich, "começa com belas imagens do mundo e meio ambiente, e o amor de Michael por animals, pássaros e golfinhos". A descrição continua: "Introduz uma garotinha, uma linda garotinha que, a certo ponto do filme, simplesmente adormece, e, quando acorda, está numa floresta, e é bem pastoral. Quando ela acorda, de repente tudo está mudado - e ruim. O meio ambiente está sendo devastado, as árvores estão sendo cortadas".

Antes de morrer, Jackson teria afiançado ao produtor que faria show no Grammy. Mas não seria a primeira vez que o astro teria feito promessas do gênero. "Eu recebo algumas ligações anuais", contou Ehrlich ao L.A. Times. "Uma ligação do Michael, uma do Prince, às vezes aconteciam encontros."

Em 2008, o canal norte-americano CBS chegou a transmitir comerciais anunciando a participação do astro na cerimônia. A missão, no entanto, foi abortada. "Michael era complexo", justificou Erhlich.

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