Artista Dereck Seltzer processou a banda pela segunda vez em dois anos
Rolling Stone EUA Publicado em 08/08/2013, às 10h26 - Atualizado às 11h29
O Green Day resolveu a ação movida contra a banda por uso de uma imagem no telão de um show deles. A corte de apelação da Califórnia decidiu em favor dos roqueiros nesta terça-feira, 7, em um “caso difícil”, no qual eles dizem que não quiseram violar os direitos do ilustrador Dereck Seltzer ao usar o trabalho dele. As informações são da agência Reuters.
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Seltzer criou a figura “Scream Icon” em 2003. A imagem apareceu em pôsteres e começou a ser usada em arte de rua. Na turnê de 2009, o Green Day usou uma versão da imagem com uma cruz vermelha pintada sobre ela no telão, no fundo do palco, durante a execução da música “East Jesus Nowhere”. A versão se baseava em uma fotografia de “Scream Icon” pintada em uma parede de tijolos na Sunset Boulevart, em Los Angeles.
Seltzer recusou a proposta de acordo, que incluía ingressos para shows, e entrou com o processo. Mas, em 2011, as alegações dele de infração de direitos autorais e violações da lei de marcas registradas foram encerradas pelo Juiz Federal de Los Angeles. O 9ª Corte concordou com a decisão prévia, afirmando que o uso do trabalho do artista pelo Green Day foi “transformadora, não excessivamente comercial”.
“Em um contexto de uma música sobre a hipocrisia da religião, cercada por outras imagens religiosas icônicas e com uma cruz pintada por spray vermelho, ‘Scream Icon’ transmite uma nova informação, nova estética, nova percepção e entendimento, claramente distintos da peça original”, disse o juiz Diarmuid O'Scannlain.
O'Scannlain disse que o próprio testemunho de Seltzer, ao afirmar que o Green Day não afetou o valor do trabalho dele, e o fato de a banda não usar a imagem em produtos licenciados e materiais promocionais, ajudaram a decidir o caso a favor do grupo.
Os roqueiros, contudo, não saíram ilesos. A corte rejeitou que Seltzer pagasse os US$ 201 mil de honorários advocatícios gerados no processo porque a ação dele não era “objetivamente sem razão”.
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