Em conversa com a Rolling Stone Brasil, baterista Danny Wagner conta como a experiência na estrada ajudou no álbum The Battle At Garden's Gate
Itaici Brunetti Publicado em 16/04/2021, às 10h12 - Atualizado às 10h40
Para um músico, não há escola melhor do que o palco e a vida na estrada. A prática do dia a dia, do show após show e do perrengue após perrengue o leva a outros níveis de crescimento musical e pessoal. The Battle At Garden's Gate, segundo álbum da "novata" banda Greta Van Fleet, lançado nesta sexta, 16, prova essa teoria.
Alçados à "nova salvação do rock" e tocando sem parar ao redor do mundo nos últimos anos - inclusive, sendo uma das atrações do Lollapalooza Brasil de 2019 e conquistando os fãs brasileiros -, o Greta Van Fleet chegou "tinindo" ao estúdio para gravar o novo disco após inúmeros concertos realizados. Em entrevista à Rolling Stone Brasil, o baterista Danny Wagner contou sobre o processo:
"Estivemos os últimos anos rodando na estrada e adquirindo conhecimento e experiência. Então, quando as turnês pararam e fomos para o estúdio, realmente nos impressionamos consigo mesmos como músicos, pois estávamos com muito mais prática e conhecimentos técnicos. Ter tocado tanto ao vivo fez a grande diferença na hora de fazer o álbum."
Danny Wagner, o único do grupo que não faz parte da família de irmãos Kiszka, formada por Josh (vocal), Jake (guitarra) e Sam Kiszka (baixo), continuou: "O álbum representa a evolução da banda e o crescimento musical e pessoal de cada um dos integrantes. É um disco cinemático e bastante intenso."
Acusados de "copiarem" o som criado por bandas clássicas de rock da década de 1970, como o Led Zeppelin, por exemplo, desta vez o Greta Van Fleet ampliou o leque de referências.
"Procuramos ouvir um monte de bandas diferentes, mas não somente pelos sons, mas também pelos ideais. Pelo que eles dizem, no que acreditam e o que os fazem fortes e tão grandes. E sempre caímos nos Beatles, que são os maiores de todos", revelou o músico.
Capa de The Battle At Garden's Gate
Com músicas longas e solos de guitarras enormes, The Battle At Garden's Gate apresenta uma sonoridade viajante e de atmosfera psicodélica. A música "Age of Machine" ultrapassa os seis minutos de duração, enquanto "The Weight of Dreams" tem quase nove. Apenas duas faixas, "Built By Nations" e "Tears of Rain", tem pouco menos de quatro minutos.
"O álbum realmente tem canções um pouco longas", afirma Danny, e explica: "Nós nunca compomos pensando no tempo que as canções devem ter; se precisam ser curtas, rápidas ou consumíveis. Vamos sentindo as energias delas e às vezes acabam ficando compridas. Acontece muito isso e é divertido. Acreditamos que assim elas estão em suas formas mais verdadeiras."
Originais da cidade de Frankenmuth, do estado de Michigan, o Greta Van Fleet aponta a mudança de localidade como um dos fatores que influenciou a direção do novo álbum. The Battle At Garden's Gate foi gravado em Los Angeles com o produtor Greg Kurstin, que já trabalhou com Paul McCartney, Foo Fighters e Adele.
"O engraçado é que muitas das novas músicas são antigas. 'Heat Above', por exemplo, foi escrita há seis ou sete anos. Várias músicas do disco nós vinhamos escrevendo durante os anos e nunca as terminávamos. Quando voltamos a trabalhar nelas, eu amei as mudanças que fizemos porque mostra quem somos agora.", disse o baterista.
"E, definitivamente, Los Angeles nos fez ter uma outra visão sobre essas músicas antigas que escrevemos em outros lugares do mundo. O astral da cidade nos fez melhorá-las", enfatiza Danny antes de finalizar: "Se você for escutar o álbum inteiro, do início ao fim, eu recomendo ouvi-lo à noite, e de preferência olhando para as estrelas. Para mim, é o horário que ele funciona melhor."
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No dia 5 de abril de 1994, o lendário e inesquecível vocalista do Nirvana, Kurt Cobain, se suicidou aos 27 anos com um tiro na cabeça em Seattle, Washington, Estados Unidos. Desde então, deixou saudades eternas.
Marco para o grunge, músico fascinante, artista memorável e um dos principais nomes da música, Kurt Cobain fez história ao longo da carreira, principalmente acompanhado do Nirvana.
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As canções compostas pelo vocalista para o grupo relembram o quão importante e fantástico ele foi para a história da música. Faixas impecáveis como "Come As You Are", "All Apologies" e "Drain You" dificilmente serão esquecidas.
Para relembrar a grandiosidade do lado artístico de Kurt Cobain com o Nirvana, a Rolling Stone EUA listou as 6 melhores músicas da carreira do vocalista com a banda. Confira a lista:
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6 - All Apologies
Uma grande canção da discografia da banda, "All Apologies" apareceu originalmente no disco In Utero (1993). No entanto, a versão mais lembrada, e possivelmente querida pelo público, é a gravação de novembro de 1993 para o MTV Unplugged.
5 - Drain You
O Nirvana escreveu muitas das canções do Nevermind (1991) antes de gravar o disco, mas a Rolling Stone EUA lembra que "Drain You" foi composta durante as sessões. Kurt Cobain nunca revelou quem inspirou a canção de amor, porém, foi escrita apenas três meses após ele conhecer Courtney Love.
Com certa frequência, Kurt afirmava ser uma das músicas favoritas dele da discografia da banda, e eles a tocaram basicamente em todos os shows nos últimos três anos de atividade enquanto grupo.
"Penso que há tantas outras canções que escrevi e são tão boas [como 'Smells Like Teen Spirit']. Como 'Drain You'. Eu amo a letra e nunca me canso de tocá-la. Talvez se fosse tão grande quanto 'Teen Spirit', eu não gostaria tanto", contou à Rolling Stone em 1993.
4 - Come As You Are
Kurt Cobain era um grande fã dos Pixies e nunca escondeu isso. Muitas vezes, o músico recorria ao método de composição usado pela banda. "Estou ficando tão cansado dessa fórmula. Nós dominamos isso", disse à Rolling Stone em 1993.
Segundo a Rolling Stone EUA, porém, um dos melhores exemplos da fórmula é "Come As You Are", o segundo single de Nevermind (1991). Para a RS EUA, a versão do Unplugged é particularmente poderosa, e o refrão continua assustador.
3 - Heart-Shaped Box
Em uma entrevista de 1994 à Rolling Stone, Courtney Love lembrou-se de ter ouvido o processo de composição de "Heart-Shaped Box": "Tínhamos um armário enorme. E eu o ouvi lá trabalhando em 'Heart-Shaped Box'. Ele fez isso em cinco minutos."
Kurt Cobain começou a trabalhar na música no início de 1992, e a canção foi a escolhida como primeiro single de In Utero (1993). A Rolling Stone EUA lembra que o disco foi produzido por Steve Albini, e a gravadora temeu não ser comercial o suficiente, e Scott Litt foi chamado para remixar a faixa.
2 - Smells Like Teen Spirit
"Smells Like Teen Spirit" foi a canção que trouxe toda a atenção mundial para o Nirvana e deu início a uma nova era da música - e é um dos principais hits da história. "Eu estava tentando escrever uma música pop", disse o vocalista à Rolling Stone em 1993.
"Todo mundo se concentrou tanto nessa música e o motivo pelo qual ela teve uma grande reação é que as pessoas a viram na MTV um milhão de vezes", contou o artista na mesma entrevista.
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1 - Lithium
Não, a Rolling Stone EUA não escolheu "Smells Like Teen Spirit" para o primeiro lugar deste ranking. Segundo a revista, o terceiro single de Nevermind (1991) merece a colocação.
"Lithium" é uma música sobre um cara que passa a se dedicar à religião depois da morte da namorada. Isso o acalma, muito parecido com uma dose de lítio real. É uma incrível música e um dos principais destaques na discografia do Nirvana.
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