Artista é questionado por parceria com rede de supermercados que fez acordos com o governo israelense
Redação Publicado em 05/08/2015, às 12h01 - Atualizado às 23h07
Pharrell Williams enfrentará protestos durante shows na África do Sul, em setembro, por parte do BDS (sigla para boicote, desinvestimento e sanções), grupo pró-Palestina que também liderou um apelo para que Gilberto Gil e Caetano Veloso não se apresentassem em Israel.
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Segundo a Reuters, o BDS irá para a rua contra parceria de Williams com a rede de supermercados local Woolworths, que faz negócios com o governo de Israel, responsável, segundo o BDS, por ocupações autoritárias de territórios e outros abusos contra o povo palestino na região reivindicada e disputada pelos dois países.
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A prefeitura da Cidade do Cabo já rejeitou uma solicitação para um protesto por parte da organização em 21 de setembro, quando o músico norte-americano cantará por lá. O Grand West Casino, palco do espetáculo, disse que não irá tolerar manifestações.
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Segundo Braam Hanekom, membro do BDS na África do Sul, o grupo pode bloquear as vias de acesso para o local. “Ele [Pharrell] está para enfrentar a maior revolta que qualquer artista já enfrentou no país em mais de 30 anos, desde os dias do apartheid”, disse o representante. “Está chegando em um ambiente repleto de irritação e insatisfação com o fato de ele ter ter escolhido se unir à Woolworths”.
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O artista e a rede de supermercados não comentaram o assunto. Anteriormente, a Woolworths alegou que não vende produtos plantados em territórios ocupados pelo governo israelense e que menos de 0,1% dos seus alimentos vem de Israel.
O BDS conseguiu atrair o apoio de celebridades como Roger Waters e o arcebispo da Igreja Anglicana sul-africana Desmond Tutu em um pedido para que Gil e Caetano cancelassem um show em solo israelense. A mobilização não teve resultado e a dupla brasileira acabou tocando lá em 28 de julho com a turnê Dois Amigos, Um Século de Música. Antes deles, Lauryn Hill cancelou um compromisso em Tel Aviv, em maio deste ano, e Sinead O'Connor fez o mesmo no ano passado.
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