- Blink-182 (Foto: Interscope Records/AP)

Guns N' Roses, Blink-182 e Judas Priest: 6 discos que marcaram a morte de uma tendência do rock [LISTA]

Existem álbuns específicos que, quando lançados, sinalizaram que uma era estava chegando ao fim para que outra tomasse seu lugar

Redação Publicado em 10/11/2019, às 14h30

Com o passar do tempo, certas manifestações do rock acabaram se tornando modismo ou simplesmente foram deixadas para trás.

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Ainda, existem álbuns específicos que, quando lançados, pareciam a lápide de uma tendência ou outra. Mesmo que seu impacto não tenha sido percebido na época, esses registros criaram uma bifurcação na estrada, uma levando à progressão cultural e outra levando ao enterro de estilos musicais datados.

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Guns N' Roses, Blink-182 e Judas Priest: confira, abaixo, uma lista realizada pela Kerrang com 6 discos que sinalizaram o fim de uma tendência no rock:

 

BLINK-182 – BLINK-182 (2003)

O Blink-182 havia se tornado um dos padroeiros do pop-punk, fazendo hinos sobre ser adolescente e rebelde. Contudo, no início dos anos 2000, eles começaram a examinar textos artísticos e emo. O álbum Blink-182 declarou a intenção do trio de levar a música mais a sério, apresentando músicas como “Feeling This” e “I Miss You”. De repente, letras irreverentes sobre garotas inatingíveis já não eram mais suficientes - esperava-se que as bandas de pop-punk escrevessem músicas mais complicadas e repletas de sentimento.


GUNS N’ ROSES – USE YOUR ILLUSION 1 & 2 (1991)

O Guns N’ Roses reivindicou, de diversas formas, a legitimidade do hard metal, revelando o excesso do gênero enquanto canalizava suas verdades mais exóticas. Os álbuns Use You Illusion 1 e 2 mostraram que as calças de vinil não poderiam conter a banda. Eles tornaram-se um projeto de arena rock, cujas músicas deixaram de falar sobre dependência química e passaram a dissertar sobre a sociedade.


MY CHEMICAL ROMANCE – DANGER DAYS: THE TRUE LIVES OF THE FABULOUS KILLJOYS (2010)

Com The Black Parade, de 2006, o My Chemical Romance trouxe uma certa nuance à cena emo-punk, inspirando toda uma geração a pintar os cabelos de preto.  Mas, em vez de repetir a mesma fórmula de Halloween, a banda destruiu os estereótipos e criou um disco repleto de cores, positividades e ritmos dançantes. A mudança poderia ter sido um desastre, mas provou que o My Chemical Romance era maior do que qualquer gênero que eles liderassem.


PANTERA – VULGAR DISPLAY OF POWER (1992)

Às vezes, o fim de uma cruzada significa a chegada de uma nova. No início dos anos 1990, o trash metal passou a ser uma vertente valorizada do rock. Embora o Vulgar Display of Power tenha sido um álbum de trash metal, ele, finalmente, distanciava-se de bandas como Anthrax e Exodus - com originalidade. Os discípulos do gênero, já cansados de sons genéricos e repetitivos, de repente tinham músicas mais perigosas e honestas para agarrar com o Pantera, e rapidamente trocaram seus jeans ultra-justos por cortes de camuflagem.


SMASHING PUMPKINS – ADORE (1998)

Para a geração dos anos 1990, o Smashing Pumpkins foi uma das maiores bandas alternativas. Com o álbum Adore, sucessor do icônico Mellon Collie And The Infinite Sadness, a banda deixou o mundo saber que sua vulnerabilidade psicodélica havia ficado para trás. Seguindo influências góticas, glam e eletrônicas, Adore está distante do que trouxe muitas pessoas ao rock alternativo em primeiro lugar, abalando a base original de fãs do Smashing Pumpkings.


JUDAS PRIEST – PAINKILLER (1990)

Devido à sua semelhança com o cenário de glam metal, o New Wave of British Heavy Metal (em português, a Nova Onda Do Heavy Metal Britânico) permaneceu relevante durante os anos 1980. Contido, na virada da década, o trash e o death metal ofuscaram o movimento, e, para permanecer relevantes, as bandas precisaram amadurecer. O Painkiller ainda inclui os vocais agudos e os lamentos de guitarra que trouxeram o Judas Priest à tona desde o início, mas seus riffs frenéticos e explosivos estavam muito distantes de álbuns anteriores, como Turb e Ram it Down. O disco foi uma dica pública para bandas como Metallica e Slayer, reconhecendo tacitamente sua ascensão à divindade sônica.

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