Um dos acontecimentos mais marcantes da vida pública da princesa do pop tomou proporções muito grandes, no ano seguinte ela passou a ser tutelada pelo pai
Pedro Figueiredo (@fedropigueiredo) Publicado em 16/02/2024, às 10h59
O ano de 2007 foi um divisor de águas na história de Britney Spears. A princesa do pop, que enfrentava problemas com álcool e drogas, surpreendeu a todos ao raspar a cabeça. Incomodada com a superexposição midiática, esse foi um dos diversos episódios em que a sanidade da artista foi questionada.
No ano passado, a cantora lançou a autobiografia A Mulher em Mim (2023). A diva não se esquivou de nenhum assunto e, no livro, ela também abordou o que a levou a raspar o cabelo. Britney fala sobre a tutela de mais de dez anos sob a qual foi submetida, a maneira como Jamie, seu pai, conduziu a vida e a carreira dela.
Britney justifica a mudança no visual como uma "maneira de reagir," quebrando as expectativas que as pessoas tinha sobre ela por terem a visto crescer. Os comentários sobre o seu corpo e a sexualização desde a adolescência.
“Eu era muito observada enquanto crescia. Era olhada de cima a baixo, as pessoas me diziam o que pensavam do meu corpo, desde que eu era adolescente. Raspar a cabeça e agir foram minhas maneiras de reagir,” escreve a cantora no livro.
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No ano seguinte ao episódio, a cantora passou a viver sob a tutela do pai — ela só voltaria a tomar controle da própria vida em 2021. Ela conta que, ao voltar a viver dessa maneira, se sentia como uma “criança-robô” e “muito infantilizada.” Jamie chegava, inclusive, interferia no visual da artista.
“Se eu achava que ser criticada sobre meu corpo na imprensa era ruim, doeu ainda mais por parte de meu próprio pai. Ele repetidamente me disse que eu estava gorda e que teria que fazer algo a respeito. Sentir que nunca é bom o suficiente é algo devastador para uma criança. Ele incutiu essa mensagem em mim quando era menina e, mesmo depois de eu ter conquistado tantas coisas, ele continuou a fazer isso comigo.”
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Foi nesse período em que Britney perdeu o interesse pela música. A tutela fez com que a artista perdesse o interesse pela dança. Ela disse que o regime “despiu-me da minha feminilidade, transformou-me numa criança”. “Sempre senti a música em meus ossos e em meu sangue; eles roubaram isso de mim.”
“Sob a tutela, fui levada a entender que aqueles dias [de liberdade] haviam acabado. Tive que deixar meu cabelo crescer e voltar à forma. Tive que ir para a cama cedo e tomar todos os medicamentos que me disseram para tomar. Eu fazia pequenas coisas criativas aqui e ali, mas meu coração não estava mais nisso. [...] Treze anos se passaram e eu me sentia como uma sombra de mim mesmo.”
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“Penso agora em meu pai e seus associados tendo controle sobre meu corpo e meu dinheiro por tanto tempo e isso me faz sentir mal... Pense em quantos artistas homens jogaram todo o seu dinheiro fora; quantos tiveram abuso de substâncias ou problemas de saúde mental. Ninguém tentou tirar o controle sobre seus corpos e dinheiro. Eu não merecia o que minha família fez comigo.”
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