O romance de 1977 já tratava de temas como massacres em escolas e Síndrome de Estocolmo
Redação Publicado em 12/04/2020, às 14h00
Stephen King não é conhecido como o "Mestre do Horror" à toa. O autor já retratou coisas horríveis nas obras, como sexo entre crianças em It: A Coisa ou alcoolismo e loucura em O Iluminado. Mas, um dos livros de King, Rage, publicado em 1977, foi longe demais até para ele. As informações são do site ScreenRant.
O romance é centrado no estudante colegial do estado do Maine, EUA, Charlie Decker. Após ser expulso da escola pelo péssimo comportamento, Decker pega um revólver no armário dele e vai para aula de álgebra, na qual mata a professora e faz a sala de refém.
Ao longo da história, outras pessoas morrem ou ficam gravemente feridas, e alguns dos reféns acabam ficando do lado de Charlie, apresentando casos de Síndrome de Estocolmo, um estado psicológico de simpatia e até amor por um agressor.
Embora o assunto de Rage tenha causado polêmica no momento da publicação, o livro se tornou uma fonte de indignação depois de anos, após cinco incidentes reais de tiroteios em escolas ou ataques de reféns em salas de aula que pareciam ser diretamente inspirados no romance.
Nos cinco casos, verificou-se que os atiradores possuíam uma cópia de Rage, e aspectos dos crimes tinham uma semelhança assustadora com a atuação de Charlie. O incidente final, que ocorreu no final de 1997, resultou em três estudantes mortos a tiros por um colega de classe que tinha uma cópia de Rage no armário.
Naquele momento, Stephen King ficou tão alarmado que ele próprio telefonou para tirar o Rage das livrarias e nunca mais houve tiragens ou vendas da obra.
Se alguém ainda desejar um exemplar, uma cópia usada de Rage pode ser adquirida por um preço alto, mas as chances de um adolescente aleatório com problemas mentais colocar as mãos nela são certamente muito menores agora.
Os tiroteios em escolas e os tiroteios em massa aumentaram tremendamente nos EUA desde 1997, o que indica que Stephen King tomou a decisão certa.
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