Em 2018, a indústria cinematográfica ofereceu papéis mais marcantes para atrizes e atores negros
Redação Publicado em 05/09/2019, às 11h38
Em 2018, Hollywood ofereceu papéis mais marcantes para mulheres e negras/os. Isso é um sinal de que a pressão pública sobre esse setor para que ele se torne mais inclusivo parece estar funcionando.
39 de 100 filmes que tiveram maior bilheteria em 2018 tiveram uma mulher como protagonista, o que pode ser considerado um salto comparado a quando a Escola USC Annenberg de Comunicação e Jornalismo começou a analisar os números pela primeira vez. As informações da pesquisa foram divulgadas pela Variety.
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27 filmes dessa lista tiveram como personagens principais ou co-protagonistas negros ou de diferentes étnias. Em 2017, foram apenas 21 filmes.
"As empresas estão se esforçando para ser inclusivas", afirma Stacy L. Smith, diretora da USC e uma das pesquisadoras do estudo. "Estamos vendo movimento. É claro que sempre queremos que seja mais rápido, mas todo o ativismo parece estar gerando resultados."
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No entanto, ainda há um espaço substancial para realizar melhorias. Por exemplo, os principais filmes ignoraram a população LGBTQ+ e falharam ao incluir personagens com deficiência. Apenas 1,3% dos personagens doso 100 melhores filmes representavam a comunicade LGBTQ+.
De 2014 a 2017, houve apenas um personagem transgênero. Em 2018, menos de 2% dos personagens apresentaram alguma deficiência.
"Você está basicamente essas comunidades inteiras serem apagadas", disse Marc Choueiti, diretor da Annenberg Inclusion Initiative e um dos pesquisadores do estudo.
Por outro lado, mesmo que as mulheres tiveram mais oportunidades de protagonizar um filme, mas elas não receberam tanto apoio assim. Geralmente, quando elas aparecem nos filmes são sexualizadas.
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Pelo menos 30% dos personagens femininos foram apresentadas com roupas que mostram mais o corpo em comparação a 7,4% dos personagens masculinos. Nesses filmes, as mulheres tiveram três vezes mais chances de ter uma cena de nudez do que os homens.
Os pesquisadores também constataram que 33 dos 100 filmes mais populares não tinham personagens femininas negras, em 54 faltavam personagens asiáticas e 70 não tinham personagens latinas.
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"Quando Hollywood lança mulheres, ainda pensa em escolher mulheres com fisionomia europeia", disse Smith.
As mulheres também lutam para encontrar trabalho por trás das câmeras. Em um período de 12 anos, apenas 4,3% dos diretores foram mulheres e 3,2% eram asiáticos - uma porcentagem que não melhorou ao longo desse período.
Os latinos representam apenas 2,7% dos diretores dos 100 melhores filmes de 2018.
O estudo argumenta que uma das razões pelas quais houve um aumento significativo no número de personagens negros no cinema é que os diretores negros aumentou de 6 (em 2017) para 15 em 2018.
Smith e a equipe de pesquisadores disseram estar otimistas com as mudanças que estão ocorrendo na indústria, mas observaram que ainda há muito para caminhar.
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