Longa com dupla de heróis marca outro bom momento da produtora Marvel, após a intensidade de Pantera Negra e Vingadores: Guerra Infinita
Paulo Cavalcanti Publicado em 03/07/2018, às 16h44 - Atualizado às 18h10
Depois de algo da relevância cultural de Pantera Negra e de algo da escala épica e trágica do excepcional Vingadores: Guerra Infinita, os estúdios Marvel necessitavam oferecer ao seu enorme público um filme menos ambicioso e com um tom de comédia mais explícito. Este é caminho escolhido para o divertido Homem-Formiga e a Vespa. O longa dirigido por Peyton Reed traz Paul Rudd novamente como Scott Lang, o ex-engenheiro e vigarista com um enorme coração. Ele também é um pai de família ligeiramente atrapalhado que, devido às circunstâncias, assume o alter ego do Homem-Formiga. Ao lado dele, em pé de igualdade, está Evangeline Lilly como Hope van Dyne, que quando coloca o traje de Vespa traz o necessário elemento de girl power ao universo Marvel.
No longa, Scott Lang está confinado à prisão domiciliar depois de armar confusão na Alemanha quando ajudou Os Vingadores em Capitão América: Guerra Civil. Sem poder sair de casa, precisa inventar um monte de esquemas para distrair a filha, Cassie (Abby Ryder Fortson), e administrar sua empresa de segurança, já que o braço direito dele, Luis (Michael Penã), só faz confusão. Ele também não mantém contato com Hope van Dyne e o pai dela, o Dr. Hank Pym (Michael Douglas), dupla responsável pelo traje que Lang usa e que permite a ele aumentar e diminuir de tamanho, além de obter alguns superpoderes.
O problema é que Hope e Pym precisam desesperadamente da ajuda de Lang e têm como missão tirá-lo de casa. Lang é a conexão com Janet Van Dyne (Michelle Pfeiffer), esposa de Pym e mãe de Hope. Janet está há 30 anos perdida no Reino Quantum, um mundo atômico e psicodélico onde o tempo e espaço funcionam de forma não convencional. Lang precisa fazer isso sem que Randall Park (Jimmy Woo), o agente da S.H.I.E.L.D. encarregado de vigiá-lo, perceba que ele está fora de casa. Para piorar, a misteriosa Ava, mais conhecida como Fantasma (Hannah John-Kamen), também faz de tudo para entrar no Reino Quantum antes de Lang.
Assim como em Homem-Formiga (2015), também dirigido por Reed, o tom é leve e despretensioso. O filme é repleto de cenas de ação empolgantes, mas nada segue a linha de “o mundo está prestes a explodir”. Exceto pelo pouco ameaçador Sonny Burch (Walton Goggins), que é uma espécie de traficante de tecnologia de ponta, não há um vilão definido. Até a estranha Fantasma tem motivações nobres para suas ações. Paul Rudd, que também é um dos roteiristas, esbanja charme como Lang e mostra que a verve cômica dele segue afiada.
O melhor de Homem-Formiga e a Vespa é que Rudd e Evangeline Lilly têm química de sobra. Seja lutando contra os inimigos ou tentando engatar um romance, tudo funciona quando os atores estão juntos. E o resto do elenco, da pequena Abby Ryder Fortson aos veteranos Michael Douglas, Michelle Pfeifer e Laurence Fishburn, também é de primeira. Este é o tipo de filme que garante entretenimento do começo ao fim.
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