Lançamentos brasileiros mais quentes da semana, escolhidos pela Rolling Stone Brasil
Pedro Antunes, editor-chefe Publicado em 17/07/2020, às 15h20
Jadsa é quem a abre da HOTLIST da semana na Rolling Stone Brasil. Aqui, selecionamos os 12 melhores lançamentos nacionais da semana, desde a última sexta-feira, 10, até essa nova sexta-feira.
Com tantos lançamentos musicais, é impossível reviews e entrevistas com todos os artistas que achamos interessante (são vários, afinal!), então, a HOTLIST é uma saída para dar vazão a alguns desses nomes.
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Nesta lista, além de Jadsa, você encontrará Ana Vilela e Ráae, Tuyo, Maglore, Cuscobayo, Betina, Francisco, el Hombre, Rhaissa Bittar, Doctor Pheabes, Maranda, The Raulis e Nego Bala.
Sim, 12 lançamentos dessa nova novíssima, excelente e plural música brasileira. Vamos nessa?
Lançado a princípio apenas na plataforma Bandcamp, o EP Taxidermia, de Jadsa, é um achado de experimentalismo e canduras pop, unidos pela inquietude da artista Jadsa Castro em parceria com João Meireles.
Taxidermia, finalizado durante o período de isolamento social e lançado pelo selo Balaclava Records, é reúne dissidências do novo álbum da artista, de nome Olho de Vidro, ainda sem data confirmada de lançamento. Com um material do disco mais orgânico, as viagens sintéticas passam a integrar esse novo formato descolado do álbum que sucederá Godê, disco de 2015.
São canções que ganham um novo sentido durante esse momento, que tratam de inquietações, neuras e cuidados com a saúde mental.
Taxidermia (que pode ser ouvido abaixo ou aqui) foi finalizado à distância e traz participações de nomes como Jessica Caitano na deliciosa "Secante Caju". Além de João Meireles, Jadsa está acompanhada de Caio Terra (baixo), Pedro Bienemann (guitarra). Bruno Abdala assina a coprodução da faixa “Xirê”. (Texto: Pedro Antunes)
Clássico do otimismo, "Amanhã", de Guilherme Arantes, ganha uma versão repaginada nas vozes das artistas Ana Vilela e Ráae, depois de quatro décadas desde a original.
Embora seja uma versão light, sem invencionices ou experimentações contemporâneas, "Amanhã" com Vilela e Ráae é um belo convite para um amanhecer melhor, nessa batalha diária que é manter a saúde mental em tempos de luta contra o novo coronavírus. (Texto: Pedro Antunes)
Assim, "sem mentir", Tuyo encara os próprios fantasmas. "Abre a porta, deixa ir", cantam Lio e Lay Soares, dois terços do trio formado ainda por Machado.
"Sem Mentir" (disponível nas plataformas digitais aqui) ainda dialoga com a ideia de música como cicatrizador de questões internas, como visto nos trabalhos anteriores, o EP Pra Doer (2017) e o disco Pra Curar (2018). Ouvir (ou assistir, no clipe lançado abaixo) é como fazer terapia, só que bem mais em conta, né?
+++ ANÁLISE: Tuyo é a banda que você deveria parar o que está fazendo e escutar agora
Construída em camadas, em vozes que se abraçam, Tuyo oferece esse colo acolhedor, um cafuné e, ao mesmo tempo, escancara algumas verdades das quais sentimos medo, mas devemos enfrentá-las.
A faixa integra o novo disco da Tuyo, realizado com o auxílio do edital Natura Musical. (Texto: Pedro Antunes)
Faixa do disco Todas as Bandeiras, essencial da safra de grandes lançamentos daquele ano de 2017, "Calma" ganha uma versão "quarentena feelings": acústica, acalentada e à distância.
Cada um dos integrantes do quarteto da Maglore, assim como o trio de sopros formado por Filipe Nader (sax barítono), Douglas Antunes (trombone) e Gustavo Sousa (trompete), gravou a versão da canção da própria casa. O clipe, que pode ser assistido abaixo, foi editado por Duane Carvalho.
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"Calma" é uma das grandes canções de Todas as Bandeiras, o álbum mais maduro e consciente das Maglore. Em tempos de pandemia e isolamento social, a faixa se ressignifica. "Calma, o tempo é o seu melhor amigo", pode se tornar um mantra diário para lidar com as crises de ansiedade e medos sobre o futuro. (Texto: Pedro Antunes)
Com versos de "a arte vai salvar o mundo", a Cuscobayo examina a própria existência em "Desafogo", nova música lançada do próximo disco da trupe, Não É Bem Assim, que será lançado com o auxílio do edital Natura Musical.
Com experimentos de violão na levada do reggae, a banda canta sobre a importância da arte no desafogo de uma sociedade afogada por más notícias. "Desafogo" (disponível nas plataformas digitais aqui) sucede o single "O Brasil Vai Acabar". (Texto: Pedro Antunes)
O começo do lyric video de "Onda Errada", de Betina, coloca a gente no espaço. Vemos o planeta Terra de longe, redondinho, como sempre foi. E essa é a graça, ao mesmo tempo, a indignação da corrente terraplanista.
"Onda Errada" (disponível nas plataformas digitais aqui), com a "onda muito errada pensar que em pleno 2020 estamos debatendo terraplanismo na esfera governamental", como diz Betina.
O trabalho inicia as novidades de Betina após o disco Hotel Vulcânica, de 2018, e é fruto de uma colaboração com Dinho Almeida (Boogarins) e Diogo Valentino. O vídeo também foi criado pela artista, formada em artes gráficas.
Diante de tanta onda errada e negaciosismo, Betina mostra a onda certa: absorver as inquietações e expeli-las em forma de música. (Texto: Pedro Antunes)
Criada a partir de um estudo com cumbias, "Valer La Pena" (disponível nas plataformas digitais aqui) é a nova aventura musical da Francico, El Hombre com a participação do grande Mestrinho com o acordeão poético, bonito e choroso.
E chora a saudade, sentimento que reúne em um ponto só o trabalho de Mestrinho às neo cumbias da Francisco, El Hombre, com versos em espanhol. (Texto: Pedro Antunes)
Linda canção de Filipe Trielli, lançada por Rhaissa Bittar no discaço chamado João, de 2019, "Velhas Sílabas" ganha uma versão audiovisual, enfim.
O lançamento estava previsto para abril, junto de um show no Centro Cultural São Paulo, mas a data foi adiada por conta do período de isolamento social. Por isso, as imagens ao ar livre, tão refrescantes de se ver após mais de 100 dias enclausurados em casa.
A canção é bonita e melancólica. Um amor em crise. "Quando foi que o nosso amor se transformou em um par de velhas sílabas?", questiona Rhaissa, responsável por roteiro, direção, edição e produção executiva do vídeo disponível abaixo. (Texto: Pedro Antunes)
Doctor Pheabes, banda que já abriu as turnês brasileiras de grupos como Guns N' Roses e Rolling Stones, homenageou a data do Dia Mundial do Rock, comemorado no último 13 de julho, com o clipe de "Let's Go'.
A música, que faz parte do disco do grupo de 2019, de nome Army of the Sun, tem a participação de Supla, cuja performance se mostrou muito à vontade diante de um ambiente sonoro de BPM mais acelerada. (Texto: Pedro Antunes)
São tantas perguntas, né? Quantos "Porques" seus pais ouviram quando você era criança? Com um violão delicado e sobrevoos de violinos, Maranda mostra a nova faixa, música que estará no novo disco dela, previsto para 2021.
A inspiração para a canção veio do posfácio do livro de Neil Gaiman, Morte: “Ele fala sobre os questionamentos que a filha fazia quando ele lia para ela. Quando bati os olhos em ‘qual é o gosto da escuridão?’, achei isso tão maravilhosamente inusitado que fiquei viajando nessas perguntas doidas de criança e nos absurdos que os adultos acabam respondendo”.
"Esse single é sobre crescer e se perdoar". Bonito isso. (Texto: Pedro Antunes)
O novo single do trio The Raulis é soa como aquele encontro com um conhecido, mas há algo de diferente. Sabe?
Neste caso, é porque "Braba Rauli", lançada agora, é a versão instrumental de "Distante Desejo", a parceria deles com Felipe S., do Mombojó.
Sem voz (apenas com alguns vocais de apoio do próprio Felipe S.), a música entrega ainda mais possibilidades dentro desse som surfcumbia.
Pode-se ir para onde quiser, dançar como quiser, sofrer, sorrir, chorar ou só escutar, mesmo - embora, eu garanto, seja difícil ficar parado. (Texto: Pedro Antunes)
Sem beat, só a real. Sem dança, só a poesia. Nego Bala lança o projeto Versos Orìkí, uma série de vídeos experimental na qual ele versa sobre aflições e questionamentos.
Nego Bala estabelece, nesse projeto audiovisual, a força e o peso das palavras. Nada é simples, as frases são cruas, cruéis e reais. "A poesia me deu uma visão 360º", conta o artista criado no centro de São Paulo. "Refletir é um exercício constante." (Texto: Pedro Antunes)
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