Lançamentos brasileiros mais quentes da semana, escolhidos pela Rolling Stone Brasil
Pedro Antunes, editor-chefe | @poantunes Publicado em 15/08/2020, às 10h00
Majur se emociona ao registrar "Andarilho", a música e clipe que abrem a HOTLIST #18 da Rolling Stone Brasil. A canção, criada ao violão, é um ato político e retrata, com candura, o afeto.
"Tocar violão, pra mim, significa muito. Eu sou uma pessoa trans, musicista, cantora, tocando violão. As oportunidades não chegam até nós de forma igualitária com a maioria das pessoas. A gente só tem a rua pra trabalhar, que é onde nos deparamos com a prostituição. E quando você não tem a rua, você tem a arte, e pra isso, você precisa ter talento para que as pessoas te respeitem. Estar com o violão pra mim é além do sentimento, é um ato político”, ela diz em comunicado à imprensa.
Bonito. Potente. Afetuoso.
A HOTLIST #18 entra no ar semanalmente, às sextas ou aos sábados. Dessa vez, ela chega exatamente uma semana após a publicação do erro da Rolling Stone Brasil ao tratar do uso do prato-e-faca, por Moreno Veloso durante a live do pai Caetano, de forma completamente equivocada.
Assim que revisado, o erro foi corrigido e apagado. A Rolling Stone Brasil reconheceu a falha e lamenta profundamente o ocorrido, assim como pede desculpa a todos que se sentiram ofendidos com as palavras encontradas ali. A publicação original foi editada com uma errata logo no início do texto e pode ser lida aqui.
É importante reinterar que temos completo respeito e admiração por Dona Edith do Prato e a todos que fizeram do prato-e-faca uma expressão fundamental da música e da cultura brasileira.
A HOTLIST, que chega à 18ª edição neste sábado, 15, também reafirma o compromisso da Rolling Stone Brasil com a música nacional, de todos os cantos do País e de gêneros musicais amplos, da tradição às vertentes contemporâneas.
Manter a lista, semanalmente, é um dos muitos passos da Rolling Stone Brasil nesse movimento de manter o comprometimento com a música produzida no Brasil.
Ainda sobre a ligação da RS Brasil com a música brasileira, outros conteúdos estão sendo preparados pela equipe para tratar do prato-e-faca e outras tradições culturais da música brasileira.
No caso da HOTLIST #18, são 25 artistas brasileiros no total com discos, singles, EPs e clipes lançados nos últimos sete dias. A música brasileira não para (ainda bem) e nós, a Rolling Stone Brasil, também não podemos parar.
Além de Majur, a HOTLIST #18 traz novos lançamentos de Hot e Oreia (com Black Alien), Felipe Flip (com Lio, da Tuyo), Harlley, Dingo Bells (com Tuyo), Pink Roof, WRY, Taboo, Anne Jezini, Sérgio Pererê, Litieh (com Mestrinho), Daniel Peixoto (com Getúlio Abelha e DJ Chernobyl), Agito Apático, JuPat e Tamy Tectoniza, Sest (com Marcelo Tofani e Clara x Sofia), Vivian Kuczynski, Marcio Arantes, Yung Buda, Julico, JS O Mão de Ouro, Duda Rosa, Allice Tirolla, Cigana, Nuven e Cacala Carvalho.
Vamos lá?
Majur criou "Andarilho", o novo single (disponível nas plataformas de streaming) e clipe ao violão, instrumento que toca desde os 5 anos. Tudo é emocionalmente conectado aqui, nesta canção que celebra o afeto.
"Andarilho", produzida pelo icônico Dadi e com colaboração do fundamental para a história da música brasileira Cézar Mendes, nasceu da homenagem de Majur ao melhor amigo, com quem vive 12 anos de história de vida.
Na singeleza dos signos e dos pequenos significados, a artista convida o ouvinte para esse universo particular dela, do não curtir o gosto do café na boca, entre outros pequenos detalhes. "Te levo comigo", canta Majur. [Texto: Pedro Antunes | @poantunes]
O incrível duo Hot e Oreia se juntam ao fundamental Black Alien para o single e clipe "Papaia" (que pode ser assistido abaixo). A primeira frase está cheia de adjetivos? Eles merecem, essa é a verdade.
Hot e Oreia, desde antes do disco de estreia Rap de Massagem, são duas figuras autênticas e criativas no entendimento de flow, beat e como apresentar novas possibilidades para o rap. Já Black Alien, o dono do discaço Abaixo de Zero: Hello Hell (2019), é parte da história do gênero no Brasil, desde o final dos anos 1990, com uma jornada linda de superação e revide quando a vida bate pesado.
Em "Papaia", sobre o instrumental criado por Coyote Beatz, o duo e Black Alien cantam o amor livre, delicinha - enquanto também dão dicas e toques numa espécie de "aula de educação sexual". [Texto: Pedro Antunes | @poantunes]
Felipe Flip em breve tem disco novo na praça. No processo de explorar possibilidades estéticas, o rapper se junta a Lio, a cantora do viciante trio Tuyo, para entregar um tratado sobre o afeto em tempos de tanta cólera.
"Mato e Morro" (disponível nas plataformas digitais aqui) coloca Flip (e Lio) em uma posição de defesa e contra-ataque. "Eu mato e morro por amor, por alguém /
Eu mato e morro pelo amor que eu criei / Eu mato e morro pela dor, nossa vez", diz o refrão poderoso.
O novo álbum de Flip não tem data de lançamento, mas "Mato e Morro" entrega uma atmosfera, estilística e poética, promissora. [Texto: Pedro Antunes | @poantunes]
Versos diretos, beats extasiantes. "Eu Nunca Tive Dono", novo single da Harlley acompanhada pelo DJ Palazi, é um poderoso ataque contra quem quer inviabilizar artistas LGBTQIA+. Um grito de resistência, mesmo.
“Quem leva pedradas, exaustivamente, não tem obrigação nenhuma de permanecer calado. A música, para além de tudo, pede para que as pessoas reajam diante das suas feridas e coloquem um grande ponto final”, diz Harlley, em comunicado enviado com a faixa..
Sobre defesa, sobre aprendizado, sobre um grito de "basta". "Essa é a palavra de ordem." [Texto: Pedro Antunes | @poantunes]
A inevitável queda, o fim. Eles batem, de fato. Desesperador, desolação, mas também há uma aceitação. É isso, acabou, boa sorte. "Dinossauros", música do disco Maravilhas da Vida Moderna, o primeiro do grupo Dingo Bells, ganhou uma versão acústica lindíssima com a participação do trio Tuyo (a música já está disponível nas plataformas digitais aqui).
Com clipe dirigido por inquieto e também músico Pedro Pastoriz, "Dinossauros (Acústica)" se apresenta em um 2020 acapachante. Uma música sensível que também coloca nossos problemas em outra perspectiva. Talvez sejamos só poeira espacial, como diz a canção. [Texto: Pedro Antunes | @poantunes]
Pink Roof. Guarde esse nome. A banda, formada por Isabela Lorio (voz e guitarra), Carol Rezende (bateria) e Giulia Brandão (baixo), acabou de estrear com o poderoso single "Jealous" (disponível nas plataformas digitais aqui).
Guitarra berrante, baixão poderoso, bateria que sabe quando fazer os pratos explodirem. "Jealous" busca potência em relacionamentos abusivos e se transforma em um poderoso grito de liberdade e independência.
"A música é sobre um relacionamento caótico que é tóxico dos dois lados, sem distinção. São duas pessoas que, apesar de se amarem, constantemente fazem mal uma para a outra", revela Isabela. [Texto: Pedro Antunes | @poantunes]
Seguir em frente apesar do caminho, das pedras, das portas, do que houver pela frente. Seguir, sempre. "Travel" (disponível nas plataformas digitais aqui) é o novo single da fundamental banda WRY, importante para o indie BR desde o final dos anos 1990, e é fruto da existência em tempos de isolamento social e negligência política.
Com a bateria que corre em disparada, "Travel" entrega camadas de guitarras derretidas que compõem a jornada cantada pelos versos de "não quero desacelerar". Pode virar mantra de muita gente combalida por esses tempos. [Texto: Pedro Antunes | @poantunes]
Marujada, Capotês e Caboclinhos. A cultura popular norte-mineira, que pulsa tanto e é importantíssima para a construção da identitária e história do País, ganha uma bela homenagem da banda Taboo com "Agosto" (disponível nas plataformas de streaming aqui).
"Veio de uma necessidade de voltarmos às nossas raízes e retribuirmos um pouco de tudo que o Norte de Minas nos proporciona", explica o baterista Matheus Leite em comunicado do grupo que acompanha com a música.
Formada por Lucas Nobre (vocal e guitarra), Michelle Marques (guitarra), Max Dias (baixo) e Leite (bateria), a Taboo faz da tristeza do adiamento das Festas de Agosto, tão importante para a região, uma ode à alegria proporcionada pela tradição popular. Bonito demais. [Texto: Pedro Antunes | @poantunes]
Do céu estrelado da Amazônia ao lurex prateado dos anos 1970. Noite iluminada. Misteriosa. Nesse cenário, Anne Jezini explora as próprias sonoridades em "Céu de Lurex" (disponível nas plataformas digitais aqui).
Bem downtempo, aliado à estética mais contemporânea e deliciosamente pop, o single entrega uma interessante jornada pelo mundo musical de Anne, entre "causos e contos de pescador" enquanto ela versa por noites com elementos fantásticos.
"Céu de Lurex", que ganha um clipe dirigido por Alexandre Mortagua, é lançado pelo selo Zelo, do incrível músico e produtor Barro. [Texto: Pedro Antunes | @poantunes]
Dono de uma das vozes mais deliciosas que você vai ouvir hoje, Sérgio Pererê se une a Mayí para o single de levada reggaeira e acalantadora em "Meu Jardim". Ou seja, um encontro de vozes que é um carinho no coração.
"Cê acha que eu tô te esquecendo / Tô não / Só tô encontrando um tempinho também pra mim / Longe do seu mito e sua vaidade / Pra plantar liberdade, amor próprio e bem querer". Leve, mas, ainda assim, política. Afeto é um ato político em 2020. Recolher-se e cuidar do jardim interior, em meio à insanidade, ao ódio e as neuras criadas pela pandemia, também.
Singela e de poesia sofisticada, "Meu Jardim" (disponível nas plataformas digitais aqui) inicia a apresentação mais íntima que estará no disco de Pererê, previsto para o dia 21 de agosto e nome de Canções de Bolso. [Texto: Pedro Antunes | @poantunes]
"Flor de Laranjeira" já era uma das minhas músicas favoritas de Komòva, o disco de Litieh lançado em 2018. Belíssima, mais de 5 minutos de canção e com uma sanfona que chorava ou sorria (depende do estado de espírito do ouvinte, nesse caso), a canção ganha uma nova versão, agora com as vozes de Litieh e Mestrinho trançadas.
Ela, com dois discos (ótimos) lançados. Ele, uma figura fundamental por manter pulsante a tradição musical por novos prismas, pop e contemporâneos. O single (disponível nas plataformas digitais aqui) oferece um momento carinhoso de gentileza, um abraço e/ou um afago musical proporcionado pela dupla que se conheceu em 2014, em Caraíva, na Bahia. [Texto: Pedro Antunes | @poantunes]
Viciante, o refrão de "La Isla Bonita", clássico fundamental da Madonna, ganha uma versão extasiante com Daniel Peixoto, artista que conhece bem os caminhos para adaptar a obra da Rainha do Pop, o enlouquecedor Getúlio Abelha e o poder do DJ Chernobyl.
"La Isla Bonita" (cuja nova versão pode ser ouvida nas plataformas de streaming aqui) aproxima da canção da Madonna para o universo musical de Peixoto e Abelha, ambos influenciados pela obra da artista norte-americana. Com isso, a versão ganha ainda mais calor, graças à fusão de guitarrada e batucada ao eletropop que a gente já conhecia.
"A ideia de gravar essa música veio quando eu decidi fazer o The Immaculate
Tribute”, contou Peixoto em comunicado enviado à imprensa com o single. Ele cita o espetáculo no qual reinterpreta canções de Madonna criado em 2018. Efervescente. Dançante. Ótima. [Texto: Pedro Antunes | @poantunes]
Pare tudo o que você estiver fazendo para ouvir o duo formado por Matheus Daniel (ou Mafius) e Gabriel Brescia. O duo, que junto leva o nome dessa adorável contradição Agito Apático, lançou o primeiro álbum chamado "Espumas Flutuantes".
"Minha cabeça está em chamas", diz um verso de "Saguão dos Péssegos", terceira música das 9 que compõem o álbum de 20 minutos. E a sua cabeça, ouvinte, estará em chamas também ao encerrar o álbum que funciona muito bem com uma escuta contínua, como no vídeo do YouTube, diferentemente da quebra das plataformas digitais.
Experimental até o talo, ruidoso, apocalíptico, entorpecente, ensurdecedor. Parece ser uma tradução do ano de 2020, mas de uma forma boa. Discaço. [Texto: Pedro Antunes | @poantunes]
"Peixes que voam". "Nadar no céu". Pegue o seu juízo e jogue longe. Com "Derreter", novo single de JuPat com a participação de Tamy Tectoniza, a ideia é criar cenários e momentos contraditórios, para ampliar as percepções do que é real e o que é onírico.
O single "Derreter" integra o novo e segundo álbum de JuPat de nome Nadando com Peixes que Voam.
"É a busca do nosso paraíso e as delícias de se deixar atingir aquele lugar onde a gente não sabe mais o que é corpo e o que é água", explica JuPat. Ela abre um novo cenário estético para as composições próprias e, ali, nada é existe ou inexiste, é certo ou errado, é real ou irreal. Tudo está nessa zona limítrofe entre as duas percepções de razão e emoção. [Texto: Pedro Antunes | @poantunes]
Quem nunca falou mais do que deveria? Que jurou que pensaria melhor antes da próxima fala. E, daí, quando chega o grande momento, fala mais do que deveria de novo. É com essa pegada "gente como a gente" que esse quarteto suprassumo mineiro se junta para fazer uma canção pop deliciosa e de refrão bom de grudar na cabeça.
Sest, Marcelo Tofani e o duo Clara x Sofia estão em 'Falei Demais' (single disponível nas plataformas digitais aqui), cujo clipe tem direção de Greco e brinca com uma estética oitentista cheia de cores, glitter e contrastes.
Pop gostosinho de ouvir, se mexer o corpitcho e se arrepender de ter a língua solta demais. [Texto: Pedro Antunes | @poantunes]
O fenômeno chamado Vivian Kuczynski. Aos 17 anos, com um EP (Sonder, de 2017) e um disco cheio (Ictus, de 2019, lançada pelo Balaclava Records), a artista assume todas as rédeas possíveis da criação ao soltar "Pele", esse singlezaço (disponível nas plataformas digitais aqui).
"Letra, interpretação, produção, mixagem e masterização por Vivian Kuczynski", diz a ficha técnica da canção. Não é pouco, né?
"Pele" é esteticamente retorcida até os limites. Vozes transformadas, sons sintéticos que falam do que é orgânico, a pele, a epiderme cheia de terminações nervosas e sensível ao toque, ao calor e frio.
Vivian prepara o EP N ENTENDI ND, previsto para agosto e lançado novamente pela Balaclava Records. Nele, ela trabalhou no processo do início ao fim. Fenomenal. [Texto: Pedro Antunes | @poantunes]
Suave, sem ruídos, delicado e fino como seda. "Mais Uma Flor" é a estreia de Marcio Arantes como artista, depois de anos corridos do trabalho de produtor. De alguém que já produziu artistas fundamentais, caso de Maria Bethânia, a "novos fundamentais", caso de Marcelo Jeneci, Mariana Aydar, Tulipa Ruiz e Liniker, o single apresenta Arantes como uma saborosa surpresa.
Há algo de nostálgico, também, de alcançar um lugar de lembrança, de um amor "que quiser chegar e revolucionar" em "Mais Uma Flor" (disponível nas plataformas digitais aqui). O clipe, com imagens do curta-metragem mudo Satan in Prison, de Georges Méliès, ajuda a criar essa estética. [Texto: Pedro Antunes | @poantunes]
Prolífico e sempre certeiro, Yung Buda soltou o single "No Stress" com as participações de Nikito Labrae e produzida por Will Diamond. Com um beat levado pelo que parece ser um shakuhachi (instrumento de sopro), "No Stress" é mais uma canção de Buda na qual é criada um ambiente mais reflexico.
Isso não quer dizer que ele alivia, viu? Buda é afiadíssimo nesse ambiente estético de mais calmaria e graves pesados. Dilacera inimigos em rimas de flow inconfundível, como um ninja da Akatsuki (organização de mercenários do anime/mangá Naruto). Entendedores entenderão. [Texto: Pedro Antunes | @poantunes]
Julico, o Julio Andrade da The Baggios, está poderosíssimo nessa empreitada solo. "Eu São / Curtis Says" é radiante, cheia de novos sabores no prato de quem já ouvia a The Baggios, banda que era duo, virou trio e segue com discos importantíssimos e possui 2 indicações ao Grammy Latino.
A voz de Julico e a guitarra dele, tão dilacerantes com a Baggios, como um grito de uma garganta seca, acordes e notas ásperos como se criados por dedos talhados pela lida do dia a dia e tudo gravitando em torno de uma esfera sonora bluesística, aqui ganham groove do soul em uma nova experiência.
O canto de Julico em "Eu São/Curtis Says" (disponível nas plataformas digitais aqui) é revigorante, a voz de Curtis Mayfield, é acalantadora. Que espetáculo. [Texto: Pedro Antunes | @poantunes]
Antropofagia. A história da cultura brasileira é recheada dela. Absorver e devolver. JS O Mão de Ouro, produtor dos mais quentes do funk nacional, abocanhou a clássica "9ª Sinfonia" de Ludwig van Beethoven e entregou um remix (disponível nas plataformas digitais aqui) com toques de brega funk, com as batidas metálicas e o ritmo do gênero brasileiríssimo. [Texto: Pedro Antunes | @poantunes]
Mais uma produção do JS O Mão de Ouro, agora com Duda Rosa. Ela, esposa do nome que está na dianteira do brega funk no Brasil, é a voz que você ouve no refrão de "Sentadão", uma das músicas mais tocadas no País quando podíamos nos aglomerar e farrear à vontade.
"Jogo da Perdição" (disponível nas plataformas digitais aqui) é a estreia da artista como Duda Rosa. Um brega funk lascivo, de calores e sedução. [Texto: Pedro Antunes | @poantunes]
Allice Tirolla propõe uma volta à vibe das discotecas em "Sobre Evolução e Outras Coisas". Dançante da cabeça aos pés, a faixa estará no futuro EP da artista, previsto ainda para 2020.
A guitarrinha parece vir do Chic, mas outros nomes surgem como referências dessa estética, como Bee Gees, e tudo isso aliados às estruturas que aproximam a música de nomes do soul e do jazz. A canção é parceria com Yuval Bem Lior, instrumentista, arranjador e produtor.
Bem poderosa, "Sobre Evolução e Outras Coisas" (disponível nas plataformas digitais aqui) trata de uma busca por entendimento. “Fala sobre a comunicação e as diversas formas pelas quais ela acontece", conta Allice. "Buscar compartilhar, trocar informações de qualquer espécie faz parte da nossa evolução." [Texto: Pedro Antunes | @poantunes]
Intensa, reflexiva, como olhar para o espelho e encarar quem se é, uma experiência mais poderosa durante o período de isolamento social. Assim bate "Impaciência", o single (disponível nas plataformas digitais aqui) e lyric vídeo da incrível banda Cigana.
"Vai e cura as noias que eu criei", canta Victoria Groppo. Com camadas acústicas (e bem quentes) com os beats, "Impaciência" soa como um mantra para dias difíceis dessa quarentena. "Respira", diz a canção. "Não pira." Rotinas, transformações, angústias e pirações. Tudo em forma de música.
O single integra o novo EP do grupo, de nome Tudo que Há de Novo (que sai pela Eu Te Amo Records) e a apresentará as novas abordagens estéticas adotadas pelo grupo, como visto em "Impaciência". [Texto: Pedro Antunes | @poantunes]
Nuven, o projeto de Gustavo Teixeira, já apareceu aqui na HOTLIST com um single. Agora, é a vez da celebração do lançamento do EP Hiperreal, pela Balaclava Records. Quente e frio, o que é real? O que é irreal? O que é hiperreal?
Esse conceito de hiperrealidade é interessante e vem a calhar para o novo EP do Nuven. Com camadas sintéticas sobrepostas em colagem, ele cria ambientes sonoros de expansão da percepção do que há ao redor.
Ao acrescentar os vocais de Ale Sater (Terno Rei) e Apeles, respectivamente nas músicas "Par de Ondas" e "Janela", em sequência, Nuven faz o EP que flutuava notar a gravidade e colocar os pés no chão, sentir a terra debaixo dos pés.
Nuven entrega em Hiperreal uma proposta de encarar o espelho, de introspecção, de sensação profunda de encontrar quem se é. Nem sempre é bonito o que a gente enxerga dentro de nós mesmos, mas é preciso lidar com isso. Boa jornada. [Texto: Pedro Antunes | @poantunes]
Cacala Carvalho revê a jornada e a própria construção artística na heroica "Meus Mestres", canção com a participação do trio Flenks. O single (disponível nas plataformas digitais aqui) é poderoso ao olhar para trás e para frente, ao mesmo tempo.
"O caminho eu sigo, o que eu gosto eu levo comigo", diz Cacala logo no início de "Meus Mestres". Com um groove poderoso, a canção homenageia Moraes Moreira, um mestre daqueles, que partiu em abril de 2020. "Sempre indo em frente, esses mestres meus tocam fundo sua gente e gente é mesmo Deus", canta Cacala. [Texto: Pedro Antunes | @poantunes]
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